terça-feira, 26 de setembro de 2017

Após oito anos de déficits, Brasil vai fechar 2017 com superávit no comércio com os EUA

Após oito anos de déficits crescentes, o Brasil deverá voltar a alcançar um superávit no fluxo comercial com os Estados Unidos. De janeiro a agosto, as exportações para o mercado americano totalizaram US$ 17,685 bilhões e as importações atingiram a cifra de US$ 16,762 bilhões, o que resulta num saldo de US$ 924 milhões em favor do Brasil.

No período, foram registradas altas consistentes nas exportações brasileiras em todos as categorias por fator agregado, com destaque especial para o aumento de 58,3% nos embarques de produtos básicos. Também cresceram as vendas de bens seminanufaturados (22,9%), de produtos industrializados (8,8%) e operações especiais (alta de 12,6%). Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

De 2000 a 2008, o comércio bilateral com os americanos pendeu sempre para o lado brasileiro e o superávit mais elevado foi obtido em 2006, quando as exportações somaram US$ 24,524 bilhões e as importações totalizaram US$ 14,657 bilhões, resultando em um saldo de US$ 9,867 bilhões.

A partir de 2009 esse quadro se reverteu e até o ano passado o fluxo de comércio proporcionou saldos positivos e bastante elevados para os americanos. O maior deles foi registrado em 2013, no montante de US$ 11,365 bilhões, fruto de exportações de US$ 36,018 bilhões e vendas brasileiras de pouco mais de US$ 24,653 bilhões.

Nesses oito anos, o saldo acumulado pelos Estados Unidos superou a cifra de US$ 48,3 bilhões, o maior déficit já registrado na história do comércio exterior brasileiro num período de nove anos com um único país.

Para reverter esse quadro negativo, foi fundamental o aumento de 18,24% registrado nas exportações brasileiras entre os meses de janeiro e agosto. No período, as exportações americanas cresceram num ritmo bem menos acelerado: 8,22%. Os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar entre os principais países de destino das exportações brasileiras e no ranking dos países fornecedores de produtos para o Brasil.

Quando se analisa os dados do MDIC percebe-se a importância crescente dos Estados Unidos como importadores de produtos industrializados produzidos pela indústria nacional. Nos oito primeiros meses deste ano, os bens de maior valor agregado geraram uma receita de US$ 9,94 bilhões, correspondentes a expressivos 56,2% do total embarcado para o maior mercado do planeta.

Outro dado relevante: aviões fabricados pela Embraer foram o segundo principal produto vendido aos americanos, no total de US$ 1,61 bilhão (participação de 9,1% no total embarcado para os Estados Unidos pelas empresas brasileiras).

A pauta exportadora brasileira contou ainda com a participação expressiva de petróleo (principal item entre os exportados) no total de US$ 1,82 bilhões e participação de 10% e produtos semimanufaturados de ferros ou aço, no total de US$ 1,25 bilhão, correspondentes a uma fatia de 7,0% no total embarcado.

Pelo lado americano, as exportações se concentraram nos bens industrializados, responsáveis por vendas no total de US$ 15,49 bilhões (92,4% do total exportado). Ainda assim, o item petróleo foi o mais vendido ao Brasil, no valor de US$ 2,86 bilhões, com uma participação de 17% no total vendido pelos americanos ao Brasil.

Fonte: Comex do Brasil

Data de publicação: 25/09/2017

4 comentários:

  1. É ótimo depois de tanto tempo o país conseguir um superávit. Porém, seria interessante o Brasil conquistar outros mercados nos Estados Unidos. Primeiro, os empresários brasileiros precisam atualizar seus produtos ou serviços, melhorar, ajustar, inovar, criar e entender a importância da internacionalização.

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  2. Muito bom o pais terminar com um bom superavit pois sertia bom se Brasil conseguir mais mercados do EUA so que temos que atualizar nossos serviços e produtos isso ajuda na exportaçao

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  3. ler uma noticia como esta, traz tamanho orgulho, pelo nosso pais. O peito se enche de ar, estufa para frente, olha ai, o Brasil exportando aviões, exportando Petróleo, poxa a nossa mídia deveria divulgar essas noticias todo o tempo, ao invés de somente mostrar a sujeira da nossa corrupção.
    Sandra Franco FMU Comex Noturno

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  4. Mais uma vez podemos perceber o país se recuperando da crise e melhorando suas relações comerciais com os EUA

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