segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Câmara de Comércio e Indústria de Dubai quer atrair brasileiros para fórum de negócios

A Câmara de Comércio e Indústria de Dubai quer aproximação com o Brasil e pretende atrair empresários do país para o Global Business Forum Latin America (GBF Latin America), que vai ocorrer em fevereiro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O diretor de Escritórios Internacionais da Câmara de Dubai, Omar Abdulaziz Khan, visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira nesta segunda-feira (18), em São Paul, e conversou sobre o tema com lideranças da entidade.

Khan foi recebido pelo presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, juntamente com o diretor-geral, Michel Alaby, o vice-presidente de Relações Internacionais, Osmar Chohfi, e o diretor de Inteligência de Mercado e da área Comercial da entidade, Tamer Mansour. O executivo da Câmara de Dubai pediu a parceria da Câmara Árabe para levar uma delegação brasileira para o fórum do próximo ano. O encontro deve atrair mil pessoas, principalmente CEOs.

O GBF Latin America tem por objetivo identificar os impulsores do crescimento da América Latina, verificar alianças globais e regionais e oportunidades para as empresas da região em Dubai e no Oriente Médio que possam apoiar esse avanço. A organização do fórum entende que os governos e empresas da América Latina estão repensando suas estratégias, redefinindo seu papel na economia global, dinamizando o setor privado e explorando novos mercados.

Essa visão sobre essas constantes e rápidas mudanças das economias ao redor do mundo está em linha com a estratégia da Câmara de Dubai de abrir escritórios em vários países, pelo quais ela pode conhecer melhor as diferentes regiões do mundo e acompanhar os acontecimentos locais. A entidade abriu um escritório na capital paulista no mês de abril.

Em entrevista à ANBA, Khan contou do relacionamento antigo da Câmara de Dubai e da Câmara Árabe e que a entidade brasileira manifestou a opinião de que a Câmara de Dubai deveria estar no Brasil. “Sentíamos que não sabíamos muito sobre as diferentes regiões do mundo, incluindo o Brasil”, disse ele, citando a importância de acompanhar a velocidade das mudanças ao redor do mundo in loco. “Você toca, sente, cheira: a cultura, a cidade, as atrações turísticas, as fábricas”, disse ele sobre a experiência de estar no país e não apenas ter informação sobre ele.


De acordo com Khan, a partir da interação com os parceiros no Brasil, como a Câmara Árabe, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e outras, a Câmara de Dubai está ganhando uma imagem “tridimensional” do Brasil. Ele afirma que um dos capitais mais importantes de uma câmara é a confiança e que a Câmara de Dubai tem 210 mil membros que confiam nela. “E confiamos no trabalho da Câmara de Comércio Árabe Brasileira”, diz. As duas, confiáveis e economicamente neutras, trabalharão para conectar negócios, segundo ele.

A Câmara de Dubai fará o planejamento de ações dos escritórios que tem pelo mundo no mês de outubro e partir dele definirá iniciativas que poderá levar adiante com a Câmara Árabe. A entidade tem quatro escritórios na África, um na Rússia, um no Azerbaijão, um no Iraque, um na China, além do Brasil. Por meio da base em São Paulo, a Câmara de Dubai deve trazer seus empresários ao Brasil e levar empresários brasileiros para os Emirados. “Nos juntaremos a nossos parceiros para promover mesas redondas, network, eventos focados em setores para coletar informações e depois compartilhá-las”, relatou.

O executivo falou da complementaridade entre Dubai e o Brasil. “Não temos chuva, não temos petróleo, não temos agricultura (muito pouco), temos calor, umidade, temos logística, temos infraestrutura, temos imóveis”, disse ele. O emirado está cada vez mais interessado em indústrias, em ter fabricação, montagem de produtos, segundo ele. Khan também disse que Dubai pode ser um canal para levar os produtos brasileiros para outras regiões do mundo. Khan esteve na Câmara Árabe acompanhado do chefe do Escritório Internacional da Câmara de Dubai no Brasil, João Paulo Paixão.

Fonte: ANBA

Data de publicação: 18/09/2017

3 comentários:

  1. Eles realizando uma pesquisa de mercado, se instalando no país para além de informações, possuir contato direto com a Cultura e costumes. Vendo o potencial do Brasil. O que é muito importante para nós.
    Com o Brasil tendo capacidade agrícola, poderemos explorar e exportar ainda mais esse setor. Porém, precisaremos mudar, renovar, criar produtos melhores e com mais tecnologia para alcançarmos outros setores.

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  2. Nenhum país sobrevive sozinho. Dubai está atrás de novos mercados e é bom para o Brasil abrir as portas pra isso. Poder mostrar o que tem de melhor, o que tem qualidade e também conhecer sobre Dubai. Para que tenha um interesse das duas partes podendo assim fechar negócios e divulgar a imagem do país.

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  3. A participação de brasileiros no GBF Latin América trará grandes benéficos para a economia do país. Sabendo a posição de Dubai em termos de PIB podemos identificar que o país possui uma ótima infraestrutura logística, mas infelizmente não conta com recursos naturais para a produção de determinas mercadorias, assim há uma grande oportunidade de o Brasil ofertar produtos que são escassos lá, acarretando assim em novas parcerias comercias seja na exportação quanto nas importações.
    Ramon Nery
    RA 8690575
    Comex Noturno

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