O Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, anunciou na última sexta-feira (dia 25), a conclusão da dragagem dos trechos 1, 2 e 3, que vão do canal externo até o Armazém 6, do Porto de Santos. A obra, no valor de R$ 199,5 milhões, deverá ser finalizada em setembro deste ano e está sendo realizada pelo consórcio Draga Brasil.
O próximo passo será entregar a documentação junto a Capitania dos Portos, para assim homologar a profundidade adquirida com a dragagem. A obra compreende no aprofundamento do canal para -15 metros e o alargamento dos atuais 150 metros para 220 metros. Este resultado possibilitará o tráfego de navios, em mão dupla, por grande parte da frota que circula atualmente em águas brasileiras. Com o resultado obtido, Cristino garante o aumento de 30% na capacidade operacional do porto, tornando-o atraente para novos negócios. Em uma segunda etapa, o canal externo será dragado para 17 metros. Os recursos já estão previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O empreendimento tornará o complexo portuário santista ainda mais competitivo, com capacidade para receber navios post-panamax, que possuem 280 metros de comprimento e 42,8 metros de boca (largura), calado de até 13,5 metros e capacidade de transporte para até 70 mil TPB (Toneladas de Porte Bruto).
Os trechos 1,2 e 3 somam 19 km, de um total de 24 km que deverão ser dragados. A obra iniciada em fevereiro de 2010, conta com dois equipamentos: A draga Xin Hai Hu, de 13,500 mil metros cúbicos, recentemente vistoriada pelo Ministro, e a Hang Jun 3001 de 5 mil metros cúbicos.
Fonte: Guia Maritimo
28/01/2011
É muito bom, após diversos anos sem investimento, ou com investimentos ínfimos no transporte marítimo e em sua infraestrutura, receber a notícia que o governo está investindo, ainda que em valores menores que o devido, um valor considerável na infraestrutura desta modalidade de transporte. Embora o investimento realizado aumente em 30% a capacidade do porto, os números por ele apresentados ainda são muito abaixo do potencial que diversos portos estrangeiros apresentam hoje. Podemos verificar também no artigo, as falhas do governo relevantes ao investimento, uma vez que o aumento na capacidade do porto pode (e provavelmente será), impedido pela falta de infraestrutura para escoamento e frete local da mercadoria destinada á exportação.
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