sexta-feira, 11 de março de 2011

Armadores enfrentam nova escassez

Baixa produção de equipamentos atrasa incremento de capacidade.

Os transportadores marítimos devem enfrentar escassez de contêineres nos próximos meses, dada a defasagem na produção de equipamentos em relação ao crescimento na capacidade da frota marítima, de acordo com a consultoria marítima Alphaliner.

Segundo levantamento da companhia, o índice entre a capacidade para equipamentos nos navios da frota global e o total de contêineres em estoque deve cair de 2,03 em 2010, para 1,99 no final deste ano. Esta é a menor taxa já registrada, em comparação com a capacidade de 2,99 caixas por slot computada em 2000.

Os exportadores dos Estados Unidos e Europa serão os mais atingidos pela escassez, visto que as transportadoras terão de retornar rapidamente os contêineres vazios para locais de alta demanda na Ásia.

Os armadores e freight forwarders prevêem que a falta de equipamentos no final do ano deve elevar as taxas de frete, refletindo a situação ocorrida no ano passado, quando a escassez de contêineres acarretou em sobretaxas de até US$ 750 por unidade de 20 pés no comércio Ásia-Europa.

Nos últimos dez anos o estoque global de equipamentos cresceu 6,9& ao ano, enquanto que a frota de porta-contêineres aumentou 11,1% ao ano.

Mas o equiíbrio entre produção e demanda caiu significativamente em 2009, quando a crise financeira levou as transportadoras e empresas de leasing para abater os equipamentos mais velhos, à medida que os níveis de utilização de navios caiu. Os fabricantes de contêineres também cessaram a produção de unidades simples para se concentrar em frigoríficos e equipamentos especializados.

Com a recuperação do tráfego global, a escassez de recipientes nas rotas da Ásia para a Europa levou a Maersk Line a iniciar a fabricação de novos contêineres e reativar navios para reposicionar as unidades vazias.

De acordo com a Alphaliner, o desequilíbrio tem se estabilizado desde julho, à medida que os fabricantes retomaram a produção e as transportadoras suspenderam os descartes de equipamentos antigos. A queda na demanda de cargas durante o quarto trimestre do ano passado também ajudou a trazer de volta o equilíbrio.

Segundo a consultoria marítima, a indústria tem que se adaptar por meio de uma rotação acelerada dos equipamentos, melhor manutenção para os recipientes antigos e prolongamento da vida útil dos contêineres.

Fonte: Guia Maritimo.
10/03/2011

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