sexta-feira, 11 de março de 2011

ENTRADA DE DÓLARES NO BRASIL EM 2011 JÁ SUPERA O TOTAL DE 2010

Apesar das medidas do governo para conter o fluxo de capital externo e evitar uma valorização maior do real, o Brasil continua recebendo em 2011 uma enxurrada de dólares. O fluxo da moeda para o Brasil continua forte e fechou fevereiro com um ingresso líquido de US$ 7,419 bilhões, informou ontem o Banco Central (BC). Na primeira semana deste mês, até a sexta-feira passada, o ingresso líquido de dólares já chega a US$ 1,424 bilhão.

No acumulado do ano até o dia 4 de março, o ingresso de dólares já soma R$ 24,356 bilhões. Esse fluxo da moeda americana, em menos de três meses, já é superior ao volume registrado de todo o ano passado, quando o BC informou um saldo positivo de US$ 24,354 bilhões.

O fluxo financeiro - que contabiliza investimentos, remessas de lucros, empréstimos, entre outros itens que não fazem parte da balança comercial - apresentou em fevereiro saldo positivo de US$ 7,918 bilhões, resultado de entradas de US$ 32,125 bilhões e saídas de US$ 24,208 bilhões. O fluxo comercial, por outro lado, fechou o mês passado negativo em US$ 498 milhões, com exportações de US$ 14,670 bilhões e importações de US$ 15,169 bilhões. Em fevereiro do ano passado, que teve 18 dias úteis, o fluxo cambial foi negativo em US$ 399 milhões.

Março

Em apenas quatro dias, o ingresso de dólares para o Brasil em março já soma US$ 1,424 bilhão, informou o BC. O fluxo financeiro apresentou no período saldo positivo de US$ 2,081 bilhões, resultado de entradas de US$ 6,411 bilhões e saídas de US$ 4,330 bilhões. O fluxo comercial, por outro lado, neste mesmo período está negativo em US$ 657 milhões, com exportações de US$ 3,261 bilhões e importações de US$ 3,918 bilhões. Em março do ano passado, o fluxo fechou negativo em US$ 838 milhões.

Por isso, nem mesmo com todas as medidas tomadas pelo governo, a cotação do dólar consegue deslanchar em relação ao Real. Ontem, a moeda norte-americana fechou com alta de 0,24%, cotada a R$ 1,66, e em 12 meses, a cotação acumula queda superior a 8%.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria
11/03/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Galeria de Vídeos