terça-feira, 1 de março de 2011

RÁPIDOS PARA APURAR O RESULTADO DA BALANÇA COMERCIAL E O RESTO???

Somos o único país no mundo que tem o privilégio de saber no primeiro dia de um novo mês o resultado da balança comercial do mês que acabou.
Devemos isso aos sistemas informatizados do Comércio Exterior que o Brasil possui o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) e Sisbacen (Sistema Informatizado do Banco Central) que são capazes de arquivar, computar e cruzar todos os dados referentes as importações e exportações de bens e serviços realizados no Brasil.

Isso sem dúvida é um diferencial para o nosso comércio exterior, pena que ainda não seja suficiente para alavancar nossa participação efetiva no cenário internacional, já que essas informações privilegiam em primeiro lugar o controle das divisas que entram e saem do país bem como a arrecadação fiscal (tributos) controlada pela Receita Federal, oriundas dessas operações.

O governo Brasileiro tem se empenhado em busca de novas sistemáticas para controlar o comércio internacional brasileiro, porém faz-se necessário que outros aspectos tão importantes quanto apurar a balança comercial e arrecadar tributos sejam providenciados.

Sou defensora ferrenha da reforma tributária, sem ela estamos fadados a continuar com uma participação pífia no comércio mundial de apenas pouco mais de 1%. Para as dimensões geográficas que possuímos, com a abundância de recursos naturais, com uma população cada vez mais preparada para o mercado de trabalho, oriundos dos novos cursos (tecnólogos) criados pelo MEC, me parece que falta vontade política para que, uma vez por todas, possamos nos inserir no mercado internacional extremamente competitivo que temos hoje, onde os governos dos nossos concorrentes estimulam as exportações desonerando os produtos dos tributos internos.

Ainda que o Brasil possua um incentivo a exportação com a isenção do IPI, ICMS, PIS, COFINS, as matérias-primas, insumos, partes e peças e componentes já chegam ao fabricante/produtor tributados fazendo com que nosso preço de exportação não seja competitivo.

Ademais, regimes especiais aduaneiros que beneficiam a exportação deveriam ser mais divulgados e menos burocráticos como é o caso do Drawback (incentivo a exportação que se manifesta através de um benefício na importação).

Claudia Bock
Diretora da Bock Consulting Consultoria, Treinamento e Capacitação Profissional

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