quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Portos automatizados e seguros

Por conta de uma semana com feriado na sexta-feira, muitos juntaram o dia da Padroeira do Brasil com o domingo e uma segunda-feira dia do professor, atropelando o sábado pelo caminho. Pronto, armou-se mais um feriadão, no vernáculo. Tudo pronto, na semana de outono escaldante, preparavam-se famílias para pegar a estrada. No entanto, o clima mudou, trazendo chuva e frio. Mas a expectativa de horas de viagem, comboio, temperado com mau tempo, redução de passeios e molecada dentro de casa resultaram num movimento nas estradas menor que o esperado. É claro que, para os portos, essa lógica não vale. Todo dia (e noite) é dia de trampo, trabalho pesado e diuturno. As cargas e os navios precisam se encontrar e organizar o transporte aos meios produtivos, na ditadura do just in time, da hora precisa da fabricação. Mas, no balanço dos ditos feriados, veio o anúncio de menos acidentes e com isso, menos acidentados em todos os níveis de gravidade. Boas notícias, alvíssaras. Sempre é motivo de se comemorar qualquer redução de acidentes. Mas, novamente a lógica nos leva a pensar, menos carros na estrada, menos acidentes, menos acidentados. Melhorou a prevenção? Aparentemente não, embora isso possa também ser injusto, carece de comprovação, como dizem os pesquisadores, tudo com base em números e análises complexas. Quando se analisa a segurança dos trabalhadores portuários, o primeiro item é a comparação do número de trabalhadores e horas trabalhadas com os volumes de produção. Daí, além da frequência de acidentes considera-se também sua gravidade, indicada pelos períodos de afastamento. Assim, para os sucessivos aumentos de produção, nossos portos estão mais seguros? Continuamos a tratar desse assunto, com prevenção no trabalho, valha-nos sempre N.S. Aparecida! * Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo é engenheiro civil e engenheiro op. mecânico, pós-graduado em Engenharia de Segurança no Trabalho, mestre em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, área de Transportes, doutorando em Engenharia pelo GAESI-Pea-USP. Trabalha há mais de 35 anos em obras de engenharia, nas áreas de construção civil, construção e conservação de ferrovias, Porto de Santos e Ferrovia do Aço. É professor do curso de Engenharia Civil desde 1985, nas disciplinas Projeto e Construção de Estradas, tendo assumido a Direção em 1989, passando em 2004 à Diretoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão da Unisanta Fonte: portogente.com.br Por: Aureo Emanuel Pasqualeto *

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