terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fome e as embalagens plásticas

Alfredo Schmitt é empresário e presidente da Associação Brasileira de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) Todos os dias somos impactados por dados que mostram o quanto temos que avançar para superarmos um problema crônico da sociedade global: a fome. O relatório Global "Food: waste not, want not", divulgado pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos (Imeche) do Reino Unido, escancara o absurdo número que mostra que de 30% a 50% dos alimentos produzidos no mundo nunca são ingeridos. Isto representa de 1,5 bilhão de toneladas de comida ao ano que têm o lixo como destino. Fatores como falta de infraestrutura de transporte e armazenamento inadequado são razões desta perda, mas incrivelmente uma parte importante deste desperdício é apontado nas exigências de supermercados de somente ter produtos visualmente perfeitos em suas prateleiras. Além disso, as promoções "compre um, leve dois" induzem as pessoas ao inverso da prática de consumo responsável, o que faz com que muita comida acabe no lixo. Neste cenário, o papel dos plásticos é fundamental. Sua importância é notada desde o plantio do alimento, aumentando a produtividade, reduzindo as perdas por variações climáticas, garantindo a qualidade dos produtos e a melhoria das condições de logística e armazenamento. As embalagens plásticas flexíveis, como as conhecemos, sejam sacolas plásticas de supermercado, embalagens como as de feijão ou frango, ou as stand & pouch dos molhos de tomate, entre outras, agregam propriedades que antes eram impensáveis para a manutenção da qualidade e durabilidade dos alimentos. Esta indústria, que atua fortemente no setor alimentício, investe em tecnologia para o desenvolvimento de embalagens inteligentes, assegurando maior tempo de vida dos produtos e garantindo a proteção no transporte. A indústria de embalagens plásticas flexíveis, aliada cada vez mais ao setor agrícola, pode contribuir decisivamente para minimizar as perdas na produção, garantir marca e valor agregado ao produto, além de qualidade e durabilidade. O setor também investe para que a identificação do produto seja um diferencial na prateleira, promovendo patamares internacionais de competitividade. "Embalar o Brasil para exportação" traz valor à produção nacional, muitas vezes vendida a granel. Soma-se a tudo isto o esforço desta indústria para criar no país a cultura das boas práticas de consumo, partindo do próprio plástico que é 100% reciclável. Embalar a produção significa gerar emprego e renda, reduzir a fome e o desperdício. Compromisso social, econômico, ambiental e com as futuras gerações. Fonte: DCI - São Paulo/SP Por: Alfredo Schmitt **

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