quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Governo prevê investir R$ 3,8 trilhões até 2016

Garantia de investimento trilionário foi dada pelo ministro do Desenvolvimento na reunião do CDES em Brasília. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou que “os dados estão apontando” para aumento de investimentos no Brasil. Em declaração durante a abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), disse que o Brasil deve receber, até 2016, R$ 3,8 trilhões em investimentos internos e externos. A fala vem depois de uma percepção generalizada de que há, na verdade, fuga de investimentos estrangeiros no Brasil. No mês passado, a Folha de S.Paulo mostrou que gestores estrangeiros consideram o País demasiadamente intervencionista - visão endossada pelas recentes intervenções nas políticas energética e tributária. O Brasil, em consequência, tem perdido espaço na economia global para outros emergentes, como México, Rússia e Turquia. O governo, no entanto, na abertura da reunião do chamado conselhão, adotou o discurso oposto. Afirmou que as “condições objetivas” - consumo de massa, habitação, infraestrutura e exportação - para os investimentos estão “dadas”. “Agora, temos que construir, no plano subjetivo, que é o plano das decisões de investimento, essa arrancada. Ela está vindo. Os dados estão apontando para isso. Vamos trabalhar para que elas venham rápido e sejam consistentes”, disse Pimentel. No primeiro encontro no ano do conselho, que reúne ministros, empresários e representantes sindicais, ministros da área econômica fizeram um balanço dos governos Lula e Dilma. Criado no primeiro ano do primeiro mandato do ex-presidente, a reunião do conselho de ontem foi transformada em uma espécie de elogio às gestões petistas - aos moldes do evento de comemoração dos dez anos do PT, na semana passada. Dentro desse discurso, Pimentel afirmou que, ao longo dos últimos dez anos, desenvolveu-se no País “uma matriz inteiramente nova” de crescimento econômico. “Não é só a taxa de juros, não é só a redução de tributos, mas é importante enxergar esse novo arcabouço do crescimento brasileiro. Talvez não tenhamos na história uma oportunidade de crescimento com tantos e tão robustos pilares quanto os que temos agora”, disse. O presidente do conselho, ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, também adotou o mesmo tom. “O presidente Lula, além de fortalecer a sociedade civil, teve a coragem e a determinação de provocar uma mudança nos rumos do País. Ele resolveu enfrentar não só o debate teórico, mas, sobretudo, com sua prática de governo, mostrar que é possível crescer diminuindo as desigualdades”, disse. Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e integrante do grupo, disse ser necessário mais “proatividade”. “Diagnósticos, temos bastante”, afirmou. Na avaliação de Godoy, para capturar recursos e garantir investimentos no Brasil, é necessário ter clareza dos marcos regulatórios e oferecer rentabilidade adequada para os projetos. Fonte: Jornal do Comércio - RS

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