sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
MAIOR PORTO DA AMÉRICA LATINA ESTÁ SEM OPERAR NA MANHÃ DESTA SEXTA-FEIRA
A primeira paralisação de trabalhadores portuários brasileiros por conta da Medida Provisória (MP) 595, que muda as regras do setor ocorre desde às 6 horas desta sexta-feira. Eles descumpriram uma liminar do Tribunal Superior do Trabalho que que proíbe os sindicatos de paralisarem os portos. Mas, em Santos, os sindicatos dizem que não foram avisados.
No Porto de Santos, 8 mil avulsos de diversas categorias cruzaram os braços desde às seis horas da manhã. Em todo o Brasil, devem ser 23 mil. De acordo com o vice-presidente do Sindicato César Rodrigues Alves, outra mobilização está prevista para a próxima terça-feira. "Vamos fazer paralisações até o Governo atender as necessidades e exigências do setor portuário. O prejuízo ainda não dá para ser calculado".
Estivadores de Santos querem ainda que a paralisação de terça-feira seja de 12 horas, das 7 às 19 horas. O assunto será analisado no final de semana.
Nesta manhã, o presidente do Sindicato Rodnei Oliveira da Silva irá se reunir em Brasília com o ministro dos Portos Leônidas Cristino a fim de buscar uma solução para Medida MP 595.
Paralisação
A intenção é simples: ou o Governo Federal muda parte do novo marco regulatório dos portos ou essa é a primeira de várias paralisações, que podem até resultar em greve por tempo indeterminado. Em Santos, os sindicalistas estão desde as 6h30 no Posto de Escalação 3 do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), na esquina das avenidas Mario Covas e Joaquim Montenegro, para falar com os avulsos.
Segundo o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, a manifestação não prejudicará a movimentação de mercadorias como remédios, alimentos perecíveis, trigo e carvão. Mas, segundo ele, não deixarão de protestar contra o que dizem ser um grande erro da presidente Dilma Rousseff.
"O Brasil não pode abrir mão de controlar seus portos e o portuário não pode pagar a conta dessa nova modelagem. Ouvimos muito falarem em aumento de competitividade nos portos, mas isso vai acabar criando monopólio, com poucas empresas sendo donas de tudo e o porto público esvaziado".
Fonte: A Tribuna
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