quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Uma em cada 5 vítimas de trânsito consumiu álcool, diz estudo
Uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas em emergências de hospitais públicos do País admitiu ter ingerido algum tipo de bebida alcóolica. Entre os que se envolveram em episódios de agressão física, 49% confirmaram ter bebido antes. Os dados, apresentados nesta terça-feira (19) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fazem parte de um estudo que aponta o álcool como fator preponderante em episódios de violência.
Para montar o Vigilância de Violência e Acidentes (Viva), o Ministério da Saúde ouviu 47 mil pessoas em 71 hospitais de todas as capitais e do Distrito Federal. O levantamento mostra que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores haviam ingerido bebida alcoólica. Entre os pedestres, o percentual é de 21,4%. Dos passageiros acidentados, 17,7% haviam consumido álcool. Entre os casos estudados, 56,8% dos acidentados atendidos se locomoviam em motos.
O estudo mostra, ainda, que a ingestão de álcool não é prerrogativa apenas dos que agridem ou têm grau de instrução menor. Segundo o documento, 28% das vítimas de agressões e 40% das vítimas do trânsito tinham entre 9 e 11 anos de escolaridade. A maioria é de homens - 25% dos que sofreram acidente tinham ingerido álcool - e quase 40% das vítimas têm entre 20 e 39 anos.
Como os dados foram coletados em outubro de 2011, ainda não é possível verificar a influência do endurecimento da Lei Seca no comportamento de motoristas e pedestres. Ainda assim, para o ministro Alexandre Padilha, há uma tendência de redução nas internações por acidentes de trânsito em proporção à frota de veículos.
“Esses são dados preliminares, mas que indicam que os Estados que apertaram as blitzes em função da Lei Seca conseguiram uma redução no número de internações e óbitos decorrentes de acidentes no trânsito”, explicou Padilha.
O ministro também afirmou que o governo tem monitorado meios utilizados por motoristas para evitar o endurecimento da fiscalização, como contas no Twitter e programas específicos voltados ao trânsito. No entanto, Padilha admitiu que não há como controlar esses instrumentos até o momento. "Se sou contra beber e dirigir, serei contra qualquer instrumento que venha burlar a fiscalização. O Ministério das Cidades está cuidando desse tema, mas ainda não há muito a ser feito”, disse.
Fonte: Jornal do Brasil
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