quinta-feira, 7 de março de 2013
ATRASO NA EDUCAÇÃO
Governos, pedagogos, pais e todos os que se interessam pela qualidade dos ensinos Fundamental e Médio dispõem de mais um painel sombrio sobre a realidade do aprendizado de crianças e adolescentes.
É o relatório De Olho nas Metas, divulgado pelo movimento Todos pela Educação, que enfatiza dados inquietantes relativos a 2012.
Na conclusão do Ensino Médio, menos de um terço dos estudantes (29,2%) conhece a língua portuguesa de forma adequada ao período de estudo e, na mesma situação, apenas 10,3% dominam matemática.
A defasagem demonstra claramente que estamos ensinando mal e condenando os estudantes ao fim da fila nos rankings mundiais de educação.
Há, nas tentativas de explicação do atraso, um conjunto de fatores, todos conhecidos, mas historicamente negligenciados. A situação do país apenas se agrava com a incapacidade da educação formal de acompanhar as mudanças no comportamento dos jovens, em decorrência da evolução da tecnologia do conhecimento e dos acessos à informação.
É assustadora a constatação de que o ensino não consegue cumprir as metas mais elementares em relação ao atendimento escolar à população de quatro a 17 anos, à alfabetização na idade correta, ao desempenho dos alunos nos ensinos Fundamental e Médio, à conclusão dos estudos e ao financiamento da educação.
No Ensino Médio, a performance dos alunos se distancia cada vez mais das metas definidas, especialmente no aprendizado da matemática, no qual o objetivo era chegar a um contingente de 19,6% de alunos com conhecimento considerado adequado.
É improvável que um país possa de fato se preparar para os desafios do século 21 se, de cada 10 estudantes, apenas um consegue entender o que o professor transmitiu em sala de aula, quando a matéria em estudo é a matemática.
Pior ainda quando se sabe que também o português vem sendo assimilado de forma precária. Jovens que não sabem, na idade esperada, fazer cálculos básicos ou ler e escrever um texto com palavras do cotidiano certamente serão adultos frustrados.
O estudo do Todos pela Educação procura medir o desempenho em língua portuguesa e matemática no 5º e no 9º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio. Se a avaliação abrangesse todas as séries, as conclusões não seriam diferentes.
Retratos como o agora divulgado têm a função de alertar, pelos indicadores das redes pública e privada, sobre a situação do ensino, para que os responsáveis pelas políticas educacionais encontrem as saídas.
Há consenso, entre educadores e autoridades, de que o Brasil já perdeu muito tempo com diagnósticos.
É preciso reconhecer que, na área federal, foram adotadas ações no sentido de reverter a tendência de agravamento do cenário escolar, como revela o relatório.
Mas todos concordam que ainda é pouco e que Estados e municípios também podem fazer mais, para que a escola seja mais efetiva e mais atraente.
A apropriação do conhecimento não é uma formalidade. Um país retardatário no Ensino Fundamental sonega aos jovens o acesso ao bem mais valioso para o pleno exercício da cidadania.
Fonte: Zero Hora - RS
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Aluno: Marcelo da Silva Valência
ResponderExcluirMatrícula:205594
Curso: Processos Gerenciais - 3º Semestre
Módulo: Sistema de Informações Gerenciais
Docente: Claudia Bock
Comentário sobre a matéria:
Concordo com o panorama apresentado pela matéria.
Sabemos a educação no Brasil que em outros contextos históricos era muito mais precária, hoje apresenta avanços significativos que deveriam favorecer a aprendizagem. Mas, apesar dos investimentos e incentivos, os dados de aprendizagem obtidos apontam resultados que não condizem com os esforços governamentais e os investimentos feitos.
É fato que o ensino ofertado em nossas escolas públicas não tem conseguido dar conta dos aspectos mais básicos e primordiais da aprendizagem, como aquisição de leitura e escrita, por exemplo.
Sendo assim, todas as outras áreas do conhecimento ficam comprometidas uma vez que o aluno nem sabe escrever nem compreende o que lê.
Se na Europa, cujo contexto social, econômico e cultural, difere, ao extremo do nosso, a situação já se mostra preocupante, o que dizer no caso brasileiro?
Aluno: Marcelo da Silva Valência
ResponderExcluirMatrícula: 205594
Curso: Processos Gerenciais
Módulo: Logística Empresarial e Internacional
Docente: Claudia Bock
Comentário sobre a matéria:
Concordo com o panorama apresentado pela matéria.
Sabemos a educação no Brasil que em outros contextos históricos era muito mais precária, hoje apresenta avanços significativos que deveriam favorecer a aprendizagem. Mas, apesar dos investimentos e incentivos, os dados de aprendizagem obtidos apontam resultados que não condizem com os esforços governamentais e os investimentos feitos.
É fato que o ensino ofertado em nossas escolas públicas não tem conseguido dar conta dos aspectos mais básicos e primordiais da aprendizagem, como aquisição de leitura e escrita, por exemplo.
Sendo assim, todas as outras áreas do conhecimento ficam comprometidas uma vez que o aluno nem sabe escrever nem compreende o que lê.
Se na Europa, cujo contexto social, econômico e cultural, difere, ao extremo do nosso, a situação já se mostra preocupante, o que dizer no caso brasileiro?