terça-feira, 2 de abril de 2013

Tecnologia é arma contra problema logístico

Mesmo enquanto a modernização portuária brasileira ainda caminha só como expectativa, com a tramitação do Congresso da Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012), empresas nacionais e estrangeiras já investem em tecnologia apropriada para atuar nessa nova realidade de escoamento de safras. Um exemplo é a catarinense RTS Brasil, que movimentou cerca de R$ 15 milhões no ano passado e agora pretende elevar a movimentação financeira em R$ 20 milhões, apostando em tecnologia para agilizar o processo de embarque das cargas nos terminais. Entre os clientes da empresa figuram Petrobras, Localfrio, Cattalini, Vale, Cosan e Rocha Top. O reconhecimento inteligente de caracteres é a principal novidade a ser apresentada pela empresa na Intermodal South America, feira de logística que começa hoje em São Paulo. (Lleia o box). O sistema, garante a empresa, é capaz de fazer a leitura automática dos códigos de contêineres, e de identificar de maneira óptica as placas de veículos e as cargas perigosas que entram nos terminais, tudo sem intervenção humana. "É uma solução que permite o monitoramento dos veículos e oferece total segurança, eliminando riscos de fraude ou erro", disse o diretor de tecnologia da RTS Brasil, Cláudio Santos. Além dessas funcionalidades, o sistema faz o reconhecimento de placas traseiras de carretas, vagões, plataformas ferroviárias, classifica cargas perigosas e gerencia a automação e o controle de acesso do gate. Existe também a possibilidade de se obter a identificação do motorista condutor, fazendo uma avaliação por meio do reconhecimento biométrico facial 3D (tridimensional), sem que seja necessário sair do veículo. Já a GKO Informática, que se dedica ao desenvolvimento de soluções para o mercado logístico, faz sua estreia na Intermodal South América em 2013. "Investimos no evento com a expectativa de mostrar o viés institucional da empresa, expor nossos produtos e ampliar a rede de relacionamentos, consolidando nossas afinidades com os clientes", diz Ricardo Gorodovits, diretor-comercial. Na feira, a GKO irá lançar o software Confirma Fácil, que promete estreitar a relação entre embarcadores e seus destinatários, de forma segura, agilizando os processos perante a Secretaria da Fazenda. Segundo a empresa, o software elimina a necessidade de instalação no ambiente corporativo das empresas usuárias, pois é manipulado via web. Além disso, permite ao contratante maior facilidade no processo de retorno do canhoto do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) assinado, substituindo-o por um processo eletrônico com respaldo jurídico, incluindo a visibilidade em tempo real da interação com o cliente final. Ferrovias Atenta às oportunidades de negócios alavancadas pelos leilões de ferrovia, previstos para o início do segundo semestre pelo governo federal, o conglomerado siderúrgico austríaco Voestalpine ag, presente no País há 10 anos, através do grupo VAE Brasil, que tem duas fábricas no País, investe nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. A empresa fornece soluções para a Vale na duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e em novas tecnologias, que, segundo o CEO da empresa, Arnaldo Garbarino, deverá reduzir em pelo menos 2% as despesas da Vale, com a manutenção e a operação da via permanente. "Nós já estamos produzindo trilhos que mesclam a tecnologia europeia e a americana, atendendo especialmente às necessidades da Vale nesta ferrovia. O Aparelho de Mudança de Via (AMV) produzido pela nossa empresa vai proporcionar o equilíbrio exato na relação entre velocidade e transporte de carga", disse ele. Graneleiros Enquanto isso, mesmo em meio a todos os problemas enfrentados no processo de exportação da safra de grãos, que evidenciou o despreparo dos portos e das rodovias do País, a Log-In Logística Intermodal aposta no crescimento da produção de grãos nos próximos anos e investe em mais navios graneleiros. O investimento total da Log-In em construção naval no Brasil é superior a R$ 1 bilhão, sendo cerca de R$ 340 milhões destinados exclusivamente aos dois graneleiros: o Log-In Tambaqui, que entrou em operação em fevereiro deste ano, e o Log-In Tucunaré, previsto para ser entregue até dezembro. As embarcações são, respectivamente, o terceiro e o quarto navios de uma encomenda de sete que a Log-In tem junto ao Estaleiro Ilha S.A., sendo cinco do tipo porta-contêiner e dois graneleiros. O projeto dos graneleiros levou em conta a natureza da carga a ser transportada e a região de atuação. Além disso, seu consumo de combustível e emissão de gases consideraram padrões superiores de eficiência. "A linha do casco foi projetada para criar menos ondas na passagem do navio, e com isso causar menor erosão nas margens dos rios", explica o diretor-comercial da Log-In, Fábio Siccherino. PFonte: DCI - São Paulo/SP Por: Luiza Silvestrini

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