Estudo aponta que, se a empresa investe nos funcionários, os seus projetos têm 14 vezes menos chances de fracassar
A polêmica sobre o período de licença maternidade fez com que a presidente do Yahoo, Marissa Mayer — que voltou ao trabalho apenas duas semanas depois de ter tido filho —, anunciasse um pacote de benefícios destinados aos funcionários que acabaram de se tornar pais. Segundo a nova política, as mães podem se afastar do escritório por 16 semanas, enquanto os pais têm permissão para ficar ao lado dos recém-nascidos por até dois meses. Em caso de adoção, o período de afastamento — tanto para homens quanto para mulheres — é de oito semanas.
Além disso, a companhia passa a oferecer um vale de US$ 500 para a compra de produtos de limpeza e de supermercado. Por um lado, essa estratégia tenta minimizar o arranhão na imagem do Yahoo, mas, por outro, pretende reter e atrair novos talentos para a companhia — e consequentemente melhorar a performance financeira da empresa.
Segundo pesquisa realizada pelo Project Management Institute (PMI) com 800 executivos, as companhias põem em risco, em média, US$ 135 milhões para cada US$ 1 bilhão gasto em projetos. Na América Latina, as possíveis perdas são ainda maiores: de US$ 150 milhões. No entanto, há companhias que chegam mais perto de atingir os objetivos e prazos e o segredo é a gestão de talentos. As empresas que investem nos funcionários têm 14 vezes menos chance de ver os seus projetos fracassarem.
Thiago Gonçalves, country manager da GoIntegro, afirma que três fatores são essenciais para garantir o engajamento dos funcionários — e consequentemente assegurar bons resultados para a companhia. O primeiro é a credibilidade, que envolve uma comunicação aberta e transparente entre os profissionais e a empresa. “Para isso, pode ser criada uma intranet social que permite que o funcionário tenha um canal de acesso às informações da companhia, independentemente do seu posto hierárquico”, afirma.
O segundo é respeito, que nada mais é do que conhecer o funcionário além daquilo que aparece no crachá. “Muitas companhias propõem cursos sem conhecer o perfil dos colaboradores”, acrescenta. Por último, é essencial o reconhecimento. “Uma forma de conseguir isso é por meio da remuneração variável, os bônus.”
Gonçalves diz que o Brasil é um dos países mais avançados nesses três pontos quando comparado a países da América Latina, mas ainda está longe do que acontece nos Estados Unidos e Europa. “Nos próximos dois anos, esperamos que a comunicação se torne mais transparente, deixe de ser uma tendência e se torne realidade, como aconteceu com o esforço de atingir os clientes via redes sociais.”
Fonte: Brasil Econômico
Por: Natália Flach
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