quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dragagem do Canal Miguel da Cunha é considerada concluída


O secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, Caleb de Oliveira, acompanhado do titular da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), Pedro Obelar, e do superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, esteve, na tarde desta quarta, 22, a bordo da draga Governador Triches, na área do Canal Miguel da Cunha, localizado na travessia entre Rio Grande e São José do Norte. A visita deveu-se, principalmente, ao fato de a equipe que atua no equipamento considerar a dragagem do Canal concluída. O serviço inclusive está parado desde a tarde da última terça-feira, 21, tanto que ontem, no horário estabelecido pela Justiça para realização do desassoreamento, as lanchas que fazem transporte de passageiros entre as duas cidades estavam passando pelo local.

Conforme Caleb de Oliveira e Pedro Obelar, agora será realizada a batimetria (medição da profundidade) no Canal para confirmar o término do trabalho de desassoreamento e restabelecimento de sua profundidade adequada. A batimetria, programada para ser feita na próxima sexta-feira se as condições climáticas permitirem, também deverá possibilitar o conhecimento do volume de sedimentos que foram retirados do Miguel da Cunha. O resultado desta verificação será encaminhado à Marinha, a qual cabe dizer se realmente a dragagem está finalizada, segundo Pedro Obelar. O coordenador das operações da draga, José Tomazi Marcadenti, por sua experiência neste tipo de trabalho, entende que o serviço está concluído. Na próxima semana, será iniciado o reposicionamento das bóias que delimitam o Canal.

O calado oficial do Miguel da Cunha é de 2,5 metros de profundidade mais uma folga de segurança de 0,5 metro. Com o assoreamento, nos pontos mais críticos a profundidade estava em 1,10 metro ou 1,20 metro. Antes da atual, a última dragagem que deixou o trecho em plenas condições de navegabilidade ocorreu em 2002, no governo Olívio Dutra. O desassoreamento realizado agora teve início em 16 de fevereiro deste ano. No final do mesmo mês, considerando a problemática criada pela mudança do percurso da lancha devido à dragagem do Miguel da Cunha, motivando inclusive protesto de trabalhadores, a Justiça nortense determinou a suspensão total do serviço.

Em abril foi autorizada a retomada da dragagem nos finais de semana. E, no início de maio, também de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Ao autorizar o reinício do desassoreamento, a Justiça nortense estabeleceu prazo de três meses para conclusão da obra, a contar de 6 de maio. O coordenador de operações da draga calcula que, no total, a dragagem foi feita em 30 dias de trabalho. Lembrando as críticas que foram feitas à draga, o secretário Caleb de Oliveira observou que este resultado demonstra o quanto o equipamento tem capacidade operacional para fazer esse tipo de obra.

Sedimentos
Os sedimentos retirados do fundo do Canal foram depositados no estuário, a 400 metros do Miguel da Cunha. Questionado se o local seria o ideal, considerando a proximidade com o Canal, José Tomazi Marcadenti informou que o ponto de despejo atendeu orientação da Fepam, assim como todo o desassoreamento. E explicou que a corrente predominante naquela área é a de vazante da Lagoa para o mar, o que não deixa o material ser direcionado novamente para o Canal.

Fonte: Jornal Agora

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