INDÚSTRIA DE AUTOPEÇAS BUSCA MERCADO ÁRABE

A feira Automechanika, que será realizada entre 11 e 13 de junho em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, terá a presença de 11 empresas brasileiras em busca de clientes na região. É a nona vez que um estande coletivo é organizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

De acordo com o conselheiro de mercado de reposição do Sindipeças, Elias Mufarej, a Automechanika é uma das maiores feiras do setor no mundo árabe e recebe potenciais clientes do Oriente Médio, do Norte da África e da Ásia, o que permite às empresas expositoras apresentar seus produtos para diversos compradores. Visitantes de mais 120 nacionalidades estiveram na edição de 2012 da mostra.

"Em Dubai podemos nos encontrar com clientes que já temos e procurar outros do Oriente Médio e também do Sul da Ásia. Há uma demanda pelos nossos produtos, principalmente para veículos pesados, como caminhões", diz.

Segundo Mufarej, há potencial de negócios com empresas do Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Irã e Paquistão (estes dois últimos estão no Oriente Médio, mas não são árabes). De acordo com informações da organização do evento, Irã, Arábia Saudita e Iraque foram os principais destinos dos produtos negociados na feira em 2011, que somou um total de US$ 9,9 bilhões nas vendas.

Mufarej também afirma que os principais concorrentes do Brasil nesta feira são empresas da China, Índia, Coreia do Sul e Tailândia. "Muitos clientes acabam optando pelas peças brasileiras porque conhecem a qualidade, apesar do custo maior", diz. Participarão desta edição a Borghetti Turbos e Sistemas Automotivos, DHB Componentes Automotivos, Duroline, Fras-le, Freios Farj, Indústria de Borrachas NSO, Indústria e Comércio de Autopeças Rei, Indústria Marília de Autopeças, Indústria Metalúrgica Frum, Metalúrgica Schadek e Zen.

Embora os países do Oriente Médio e da Ásia não sejam os principais compradores das autopeças brasileiras, suas encomendas podem ajudar o setor a compensar a queda de exportações para Estados Unidos e Europa, alguns dos seus principais mercados, além da América do Sul. Segundo Mufarej, o câmbio desfavorável e a baixa demanda dos europeus e norte-americanos têm feito as exportações recuarem.

Em 2012, os embarques do setor para clientes de 186 países somaram US$ 10,47 bilhões, ou 5,9% menos do que o que foi enviado em 2011. "Para 2013 mantemos este panorama, mas acreditamos que o Oriente Médio pode nos ajudar a exportar", afirmou Mufarej.



Fonte: Agência Anba