segunda-feira, 24 de junho de 2013

Na Amazônia, 13 milhões de passageiros usam transporte fluvial anualmente.

O transporte fluvial da Amazônia, somando também as travessias, movimenta 13,6 milhões de passageiros anualmente. A informação é do estudo “Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de Passageiros na Região Amazônica”, divulgado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

A agência, atra...vés de um termo de cooperação com a Ufpa (Universidade Federal do Pará) e a Fadesp (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa), desenvolveu o trabalho.

Três levantamentos foram realizados em diferentes épocas do ano para captar possíveis sazonalidades na movimentação de passageiros. A movimentação anual foi obtida pela média das três análises. A primeira coleta de dados foi realizada entre janeiro e março de 2011; a segunda, no período de junho a agosto de 2011; e a terceira, entre setembro a novembro de 2012.

Conforme o levantamento, 50,9% dos passageiros são homens e 49,1%, mulheres. Em relação à faixa etária, 38,2% dos passageiros têm entre 18 e 30 anos; 24,8% (31 a 40); 17,8% (41 a 50); 10,8% (51 a 60); e 8,3% (61 a mais).

De acordo com o estudo, os usuários do transporte fluvial na Região Amazônica que não tiveram acesso à educação formal ou que tendo frequentado a escola não foram além do ensino fundamental somam 38,7%. Do universo pesquisado, 41,2% estudaram até o ensino médio completo ou não, outros 12,8% chegaram ao nível superior e 2,1% declararam ser pós-graduados.

Em termos de renda familiar, 16,3% dos entrevistados ganham menos de um salário mínimo por mês; 38% entre um e dois; 19,5% entre mais de dois e três; 12,1% de três a cinco; e 8% ultrapassam os cinco salários mínimos mensais. 6,1% não quiseram informar a renda.

Levando-se em conta a movimentação de cargas, o trabalho informou que passam pela Região Amazônica cerca de 4,5 milhões de toneladas por ano. A projeção para 2022 é que esse número alcance 5,1 milhões de toneladas.

A área de abragência do estudo compreendeu a Região Amazônica com foco nos principais estados geradores de fluxo fluvial: Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia. Foram analisadas 317 linhas, sendo 249 no transporte longitudinal estadual; 59 no longitudinal interestadual; e nove na travessia. O total de embarcações cadastradas foi 602. No entanto, foram caracterizadas 446.

O estudo analisou, ainda, 106 terminais hidroviários de passageiros, sendo um em Rondônia; 11 em Amapá; 30 no Amazonas; e 64 no Pará. De acordo com a pesquisa, 81% das instalações apresentaram padrão “baixo” de qualidade; 15%, “médio”; e 4%, “alto”. Entre os critérios analisados estão: acessos, estacionamento de veículos, instalações, serviços, sala de embarque, área de atracação, entre outros.

Fonte: Guia Marítimo

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