O Estado passa a enfrentar, na prática, nesta semana, todas as expectativas criadas pela retomada das rodovias que vinham sendo administradas por empresas privadas.
Com o início da cobrança de pedágio com tarifa reduzida, será posto à prova o conjunto de benefícios elencados pelo setor público, desde que passou a questionar o sistema de exploração das estradas, em vigor há 15 anos.
A primeira demanda a redução dos preços é atendida de imediato, mas seus efeitos somente serão bem dimensionados a médio e longo prazos.
Foi a queixa contra as tarifas que desencadeou a mobilização pelo fim das concessões, com desdobramentos que, em relação a alguns trechos, ainda não tiveram desfecho.
São cinco praças retomadas em rodovias estaduais e outras cinco em áreas sob gestão federal. Mesmo que algumas rodovias sejam de responsabilidade da União, é previsível que, a partir de agora, os gaúchos passem a cobrar resultados do Estado.
Foi o Piratini que assumiu politicamente os benefícios e os custos da decisão de questionar o modelo em vigor.
Os contratos não foram renovados em decorrência dessa deliberação, que transfere para os governos, nessa primeira etapa, 491,5 quilômetros, nos polos de Caxias do Sul e de Lajeado.
Como mostrou Zero Hora, depois de percorrer todos os trechos para reportagem publicada ontem, o estado médio das rodovias pode ser considerado bom em relação à pavimentação e à sinalização.
Manter as estradas em condições não é o único desafio. O Estado, que reduziu a tarifa, e a União, que decidiu abrir mão dos pedágios nas áreas federais, terão de preservar e aperfeiçoar serviços decisivos para a segurança dos usuários, incluindo sistemas de socorro a veículos e a acidentados.
Alguns trechos também exigirão futuramente obras de duplicação.
Os governos terão de oferecer aos usuários resultados capazes de justificar que o novo sistema público é de fato o mais adequado.
Fonte: Zero Hora
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