sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sebrae pede dinamismo a empresas


Neste momento de ajuste da economia, é preciso que os empreendedores tenham cautela, mas não fiquem paralisados. A avaliação é de Luiz Barretto, diretor-presidente do Sebrae informou ontem. "É preciso ter essa mentalidade. Não conheço grande e pequeno empreendedor que estejam parados. Todos estão procurando uma forma de melhorar a produtividade", disse, durante o 6º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela CNI e pelo Sebrae, em São Paulo. E destacou a necessidade de avanços na legislação de modo a contribuir para o aumento da competitividade da indústria brasileira e ressaltou a importância da integração entre companhias de diferentes portes. "Um ecossistema legal é fundamental para que tenhamos avanços", pontuou. Ele afirmou ainda que a parceria entre o Sebrae e a CNI tem sido fundamental para inserir a agenda da inovação nos pequenos negócios. "O Sebrae atende cerca de 2 milhões de empresas a cada ano, dessas 164 mil da indústria, o que representa 16% dos clientes", afirmou Barretto. Para o presidente do Sebrae, uma indústria forte é imprescindível para o crescimento de um país e, independentemente do porte da empresa, é importante que todas estejam alinhadas para garantir o crescimento. "As grandes empresas precisam de uma cadeia de fornecedores preparada para inovação, todos os elos precisam ser competitivos, ter mais produtividade", afirmou. O ministro do MDIC, Armando Monteiro, cancelou a participação que faria nesta manhã no evento da CNI e do Sebrae. Segundo o presidente da CNI, Robson Braga, o ministro foi chamado pela presidente Dilma Rousseff para discutir questões ligadas ao plano de incentivo às exportações que deve ser lançado em breve. O evento conta com a participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, que já está no local, além de diversos empresários do setor. À tarde está prevista palestra com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. De acordo com o presidente da CNI, o setor tem levado diversas propostas ao governo, embora seja difícil no atual momento de ajuste fiscal conseguir estímulos tributários. "Nós passamos por um momento sério, de dificuldades no mercado, de aumento significativo nos custos das empresas, com o consumo diminuindo em função da crise interna na economia e dificuldades também no setor externo, com alguns países em crise e a desaceleração da China", comentou Braga. Segundo ele, o governo tem procurado tomar providências, para além do ajuste fiscal, para garantir que possa haver retomada de um crescimento sustentável no futuro. "Temos procurado levar propostas ao governo. Neste momento é difícil discutir questões ligadas à tributação".
Estado de São Paulo
15/05/2015

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