Temos notado, ao longo do tempo, que o comércio exterior brasileiro não consegue ser objeto de mais atenção do governo. Que não consegue vê-lo como uma das melhores formas de desenvolvimento de um país. É incrível como se fala, e como tão pouco tem sido feito de concreto.
Para não ficarmos apenas no governo, devemos dizer que nossos empresários também sempre trataram a exportação como uma oportunidade temporal. Mudando o foco quando o mercado interno apresenta melhoras.
Desse modo, nossa participação no comércio mundial voltou a regredir nos últimos anos desde 2011 quando atingimos nosso pico em 1,4%. Não conseguimos deixar esta incômoda fração de 1,2% do comércio mundial, e em queda. E já fomos 2,37% em 1950. E com 20% do nosso PIB – Produto Interno Bruto, contra 50/% do mundo.
Gostaríamos de colocar à nação mais uma opção, que esperamos que um dia encontre respaldo, que é a idéia de um Banco de Negócios.
O que seria esse banco? Já não os temos em número suficiente no país? Esse banco, conceitualmente, é totalmente diferente do banco normal e formal que conhecemos, cuja função no comércio exterior é agir no câmbio de moedas.
Esse Banco de Negócios seria uma mistura de banco e empresa, cujo objetivo principal seria o comércio exterior. Sabemos que o comércio exterior é um via de duas mãos e, portanto, um aumento nas vendas pressupõe uma contrapartida nas compras. Só que isso nem sempre é possível através da mesma empresa, além do fato de que os produtos do país comprador podem não interessar diretamente ao nosso.
A idéia, então, é que nossas empresas exportadoras vendam os seus produtos e o Banco de Negócios, se preciso, entra comprando desse país os seus, em valores ou volumes necessários a permitir nossas vendas, revendendo-os, posteriormente, a outras empresas, brasileiras ou de terceiros países.
Como se vê, não seria um banco comum, nem um banco de financiamentos ou empréstimos, mas um Banco de Negócios, de apoio às nossas exportações. Seria um banco efetivo de exportação e importação.
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