A crise econômica
atravessada pelo Brasil forçará o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) a acelerar
seus projetos de capacitação de trabalhadores portuários. A opinião é o
presidente do Sindicato dos Operadores Portuários (Sopesp), Roberto Teller. O
executivo leva em conta a necessidade de aumento da produtividade das operações
do Porto de Santos.
"A crise econômica
que o Brasil está enquadrado vai acentuar algumas buscas por melhorias de
produtividade porque o Brasil certamente tem que estar cada vez mais inserido
nessa luta por produtividade em relação a toda a economia mundial. Então, isso
vai fazer com que a gente acelere diversos programas de capacitação porque todos
os colaboradores tem que estar capacitados para o processo de conteinerização
que está sendo muito violento no mundo, de todos os produtos, além do Brasil ser
o principal exportador de commodities, como grande celeiro do mundo, que ele é",
destacou o presidente do Sopesp.
Para Teller, as
mudanças no cenário econômico fazem com que o trabalhador portuário avulso
precise se qualificar para as novas demandas de mercado. Além disso, as novas
tecnologias empregadas em embarcações e equipamentos mudam o perfil do
profissional, que precisa estar atento às novidades.
"Nós somos campeões
de exportação de soja, carne, frango e, cada mais, por exemplo, quando a China
também permitir que a nossa carne entre lá, esses volumes vão explodir cada vez
mais. Tudo isso, o nosso pessoal, nossos colaboradores, o trabalhador avulso,
tem que estar adequado e capacitado para essas novas tecnologias da
conteinerização, dos navios de grãos que também tem avançado muito em
tecnologia.
Eles têm que ser
capacitados em informática, computação porque o trabalho deixa cada vez mais de
ser braçal e passa a ser um trabalho mais intelectual, mais cerebral e a gente
tem que prover essa capacitação".
Fonte: A Tribuna
08/06/2015
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