quarta-feira, 1 de julho de 2015

AEB elogia o Plano Nacional de Exportação


A coluna de Sergio Barreto (Monitor Mercantil), o vice-presidente da AEB,Fábio Faria, elogiou o esforço do governo, ao lançar o Plano Nacional de Exportação. Apesar disso, a entidade previu saldo comercial de US$ 8 bilhões este ano, em janeiro, e agora reduziu a perspectiva para US$ 5 bilhões. Em julho sairá nova avaliação da entidade. “Para um momento de crise, temos de agradecer por ter o governo visto a exportação como saída. Mas em época de crise tudo é difícil. Veja que os juros estão altos, a energia elétrica subiu de forma exagerada, e projetos que estão no Congresso, como as desonerações de INSS, vão aumentar ainda mais o Custo Brasil, o que dificulta o esforço de exportação”, disse Faria. O dirigente da AEB prefere criticar suavemente a política externa anterior, de se dar atenção a novos mercados, e destaca que, com a viagem a Washington, a presidente Dilma deixou claro que a nova prioridade é vender para Estados Unidos, Europa e China. “É aí que está o dinheiro. Agora a política está certa”, diz. Faria afirma que os Estados Unidos são atualmente a melhor opção, pois a Europa não se recuperou totalmente da crise, e a China, embora pujante, está desacelerando sua economia. O país, segundo ele, deve deixar de lado os vizinhos, pois Venezuela e Argentina deixaram de importar de forma intensa. Comenta que, com a crise grassando no país, a exportação seria a saída natural, mas que muitas empresas estão tão prejudicadas na área interna de seus negócios que isso dificulta o foco na exportação. “Com juros altos, inflação e Custo Brasil ativo, fica difícil exportar”, salienta. No caso do programa de benefícios Reintegra, o ministro Joaquim Levy reduziu o teto de 3% para 1%, mas, ressalta Faria, “pelo menos o programa foi mantido, pois havia boatos de que seria extinto”. Mesmo com 1%, Faria comenta que o Reintegra funciona melhor quando há compensação a ser feita, pois, quando a União tem de pagar algo, em dinheiro, os empresários acusam inadimplência. “Muitos exportadores têm reclamado que, mesmo com o Reintegra reduzido de 3% para 1%, a União não está quitando seu débito com os empresários”, destaca. Por fim, Faria lamenta que o Brasil, uma das dez maiores economias do mundo, não disponha de marinha mercante. “Como exportador, posso usar navios estrangeiros. Mas, como brasileiro, acho inaceitável que toda a exportação e importação gere bilhões de dólares em fretes apenas para estrangeiros”, disse o vice-presidente da AEB. Há dias, um crítico do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ironizou, dizendo não ser necessário ser doutor em economia para elevar os juros. Na mesma linha, pode-se afirmar não ser correto fazer redução de gastos através do não pagamento de valores devidos e não contestados, como está ocorrendo com o Reintegra.
Monitor Mercantil
01/07/2015

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