A terça-feira foi marcada por ajustes de posições e pela realização de lucros em vários mercados ao redor do mundo. No segmento de moedas, a tendência global para o dólar ontem foi de baixa ante as demais divisas, após os avanços mais recentes. No Brasil, este viés foi reforçado pela percepção dequeacrise política mais recente - entre o presidente da Câmara,Eduardo Cunha, e o governo Dilma Rousseff - arrefeceu, pelo menos por enquanto. Após ter subido 2,11% nas três sessões anteriores, o dólar à vista de balcão cedeu ontem 0,97% e fechou cotado aos R$ 3,1680, enquanto a moeda para agosto - a mais líquida - caiu 0,86%, aR$ 3,1850. Exportadores aproveitaram as cotações mais altas do dólar no início do dia para vender moeda, enquanto especuladores reduziram posições compradas no mercado futuro, ajustando carteiras. Este recuo do dólar ante o real contribuiu para a queda das taxas dos contratos futuros de juros com prazos longos. O movimento foi justificado ainda pela informação, publicada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de que o governo prepara novo corte de gastos. Isso foi reforçado, inclusive, pela ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que à tarde disse haver espaço para mais cortes de despesas. Além disso, investidores estrangeiros voltaram a intensificar o posicionamento na renda fixa brasileira, contribuindo para a redução das taxas na ponta longa. A taxa do contrato para janeiro de 2021 terminou em 12,36%, ante 12,52% de segunda-feira. Entre os contratos curtos e intermediários, porém, as taxas terminaram próximas dos níveis anteriores. O vencimento para janeiro de 2016 marcou 13,98%, ante 13,99% da véspera. No exterior,alémdo ajuste dequeda do dólar ante várias divisas, após as altas mais recentes, os investidores venderam ações em Nova York, principalmente em função de alguns balanços que decepcionaram. Entre eles, os da IBM e da United Technologies. O índice DowJones cedeu 1,00%, aos 17.919,29 pontos, o S&P 500 recuou 0,43%, para 2.119,21 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,21%, aos 5.208,12 pontos. Já a Bovespa até chegou a subir pela manhã, ensaiando uma recuperação após os recuos mais recentes. Investidores estrangeiros se mantiveram na ponta de compra de ações, depois de terem vendido papéis nos pregões anteriores. Ainda assim, a influência da queda das Bolsas de Nova York se sobrepôs à tarde e o Ibovespa - referência do mercado acionário brasileiro - acabou virando para o negativo. O índice encerrou em baixa de 0,24%, aos 51.474,28 pontos, completando o terceiro dia útil seguido de perdas (-3% no período). Petrobrás ON cedeu 0,08% e o papel ONda estatal saiu 0,19%, enquanto Vale ON subiu 1,39% e Vale PNA teve alta de 1,46%.
Estado de S. Paulo
22/7/2015
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