segunda-feira, 31 de agosto de 2015

“Mercado chinês causa preocupação para a economia global, mas Brasil está menos vulnerável”, disse Armando Monteiro


“A instabilidade no mercado chinês causa preocupação para a economia global, mas o Brasil está menos vulnerável por não ter tanta dependência do comércio exterior”. A opinião é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. Segundo o ministro, a parcela que o Brasil exporta do PIB é relativamente pequena, ressaltando que as exportações representam 10% do PIB, e em alguns países, como na Alemanha, é de 40%. “Se nós tivéssemos mais dependência do comércio exterior, estaríamos mais vulneráveis”, afirmou. Apesar disso, o ministro disse que o mundo todo tem as atenções voltadas à China neste momento, o que pode nos indicar uma preocupação. “O mundo inteiro nessa hora tem os olhos voltados para a China acompanhando o desenrolar dessa crise, desse momento de instabilidade que marca a economia chinesa. Pelo extraordinário peso que a China atingiu na economia internacional, os reflexos desse processo podem trazer elementos de preocupação para o comércio internacional e para a economia global”, disse. Segundo ele, o país já vinha sofrendo os efeitos da desaceleração global, e o Brasil já sente os efeitos dessa desaceleração porque a queda do preço das commodities vem se agravando cada vez mais. “O país já perdeu US$ 12 bilhões na balança comercial de janeiro a julho só com o efeito da queda de preço de bens exportados, sobretudo commodities agrícolas e minerais”. O ministro disse ainda que é preciso reequilibrar a economia doméstica, com redução da inflação e dos juros. “Longe de mim dizer que não temos problemas. Temos e não temos poucos. Temos que resolver nossos problemas, reequilibrar a economia, debelar essa pressão inflacionária, que é pré-condição para reduzir juros. Estamos com juros muito altos. Portanto, o Brasil está fazendo um processo de ajuste da economia que precisa se completar de maneira rápida para não termos um preço mais alto, traduzindo por exemplo no desemprego, que é um fator de muita preocupação”, afirmou.
Guia Marítimo
28/8/2015

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