segunda-feira, 4 de setembro de 2017

BRICS lança plano de cooperação comercial e terá grupo para debater o comércio eletrônico

O ministro Marcos Pereira assinou hoje (4), em Xiamen, um termo de cooperação econômica no âmbito do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que contempla, entre outros pontos, a criação de um grupo de trabalho para discutir o comércio eletrônico entre os países do grupo.

O documento foi endossado pelos ministros homólogos das outras quatro nações e tem o objetivo de intensificar o debate sobre o setor, que foi responsável por faturar R$ 44 bilhões no Brasil, em 2016, representando um aumento de 7,4% em comparação com 2015.

O avanço desta pauta entre os países do BRICS coincide com o início das discussões no Mercosul. Em julho, Marcos Pereira apresentou proposta nesta mesma direção, durante reunião de ministros de comércio do bloco sul-americano, na Argentina. A iniciativa persegue a tendência de crescimento do comércio eletrônico e já prevê, somente no Brasil, um aumento de 22% no número de consumidores online, o que representa 48 milhões de usuários.

O documento assinado na China contempla ainda avanços na área de investimentos, com o aumento da transparência de leis e regulamentos e a promoção da cooperação com o setor privado e outros atores relevantes, além de buscar a coordenação dos países do BRICS dentro de fóruns multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).

O tema, a propósito, encontrou amplo consenso no grupo, a despeito do assunto não ter avançado dentro do G20 (os 20 países mais ricos do mundo). O ministro Marcos Pereira acredita que este trabalho possa servir de base para eventuais progressos na reunião ministerial da OMC que será realizada em dezembro, na Argentina.

O Plano de Ação de Cooperação Econômica e Comercial do BRICS traz ainda temas como comércio de serviços e propriedade intelectual e propõe a criação de uma rede de contatos para a discussão e implementação dos “e-ports” (portos eletrônicos), seguindo o modelo de Xangai.

Por fim, os ministros de comércio do BRICS assinaram uma declaração conjunta na qual reafirmam a importância da centralidade da OMC para o comércio internacional, e de assumirem compromissos contra medidas protecionistas, assunto bastante discutido nos últimos meses. “No Brasil estamos tomando um caminho diferente do que vinha sendo feito, de maior abertura comercial, a fim de nos integrarmos cada vez mais às cadeias globais de valor”, finalizou Marcos Pereira.

Encontro com empresários

O ministro Marcos Pereira esteve reunido na noite do domingo (3) com empresários e representantes de grandes empresas brasileiras que têm relações comerciais e investimentos na China, entre elas a Vale, a Embraer e a Weg. No encontro, ele reafirmou o empenho do governo na melhoria do ambiente de de negócios, em especial focado na desburocratização, e disse que é fundamental discutir no Brasil a reforma tributária.

Agenda com o presidente

Marcos Pereira também acompanhou o presidente Michel Temer na reunião de cúpula do BRICS e no encontro bilateral com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Os compromissos oficiais terminam na quarta-feira de manhã. À tarde, a delegação retorna ao Brasil.

Fonte: Comex do Brasil

Data da publicação: 04/09/2017

5 comentários:

  1. Interessante envolver a OMC, pois é uma organização responsável pela fiscalização do comércio entre os países e dos atos protecionistas que os mesmos adotam. Apesar de ser umas das vantagens para economia nacional, o protecionismo pode fazer o país perder espaço no mercado externo, além de causar atraso tecnológico, o que acaba prejudicando o desenvolvimento do país.

    Richard Caine - sala 1204 - Turma: 096201A15

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  2. Um assunto muito importante para o Brasil, com o envolvimento da OMC o nosso país pode evoluir cada vez mais no comercio eletrônico pois o Brasil não teria chance de conseguir um espaço no mercado externo.

    Rodrigo Mattos RA: 1918984 COMERCIO EXTERIOR Período: Noturno

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  3. Analisando pelo lado das parcerias econômicas, percebe-se que com o lançamento desse plano comercial as principais potências mundiais ampliarão as suas importações vindas do Brasil, pressupõe-se também que, com a abertura do diálogo sobre o comércio eletrônico, as empresas desse setor serão as mais beneficiadas, principiante pela mediação da OMC.

    Ramon Nery
    Comex Noite

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  4. Toda ação que leve ampliar as negociações através de parcerias com países distintos é valida para movimentar ainda mais nossas negociações internacionais.

    O comércio eletrônico é uma tendência que cresce a cada dia e possuí grandes chances de se tornar uma das formas mais relevantes de comércio para nosso país.

    Creio que toda evolução que ocorrer através de encontros com a OMC é importante para que nossas relações se solidifiquem e consequentemente se ampliem.


    Rafael Crisanto dos Anjos Junior – RA 1935611 / 1° Semestre - Comex – Noturno

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  5. Com esse plano de cooperação consequentemente o comercio eletrônico irá crescer pois o número de consumidores on-line vem crescendo a cada ano.

    Nome: Lavínia Ferreira da Silva RA:1766625 sala: 1204 turma: 096201a15 curso: tecnologia em comércio exterior turno: noturno

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