quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Cafés diferenciados geram US$ 682 milhões de receita cambial de janeiro a setembro de 2017

No período de janeiro a setembro de 2017, o Brasil exportou 21,87 milhões de sacas de 60kg ao preço médio de US$ 170,66, que geraram US$ 3,7 bilhões de receita cambial. Desse total, foram exportadas 3,39 milhões de sacas de cafés diferenciados, que representaram 15,5% do volume total. Os cafés diferenciados – que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis e incluem os cafés especiais - geraram US$ 682 milhões de receita cambial e tiveram preço médio de US$ 200,94 por saca, o qual foi 24,4% superior ao preço médio dos cafés naturais/médios que foi de US$ 161,57. O preço médio geral das exportações de café nesse período (US$ 170,66) teve aumento de 12,6% com relação ao mesmo período de 2016, que foi de US$ 151,53.

Especificamente com relação ao mês de setembro de 2017, foram exportadas 2,3 milhões de sacas de 60kg, o que representa um recuo de 25,1% em comparação a setembro do ano passado, que foram de 3,06 milhões de sacas. A receita cambial de setembro deste ano foi de US$ 381,4 milhões com preço médio de US$ 165,89 por saca. Essas e outras informações da performance das exportações dos Cafés do Brasil constam do Relatório mensal setembro de 2017 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

O Relatório do CeCafé destacou ainda que, do volume total exportado no período de janeiro a setembro, 19,15 milhões de sacas foram de café arábica - que representaram 87,5% do total vendido ao exterior; e que o café solúvel correspondeu a 2,51 milhões de sacas (11,5%); o café robusta a 191 mil sacas (0,9%); e 19 mil sacas foram de café torrado e moído (0,1%), totalizando 21,87 milhões de sacas, volume 10,2% inferior ao mesmo período de 2016.

De acordo com o Conselho, nesse mesmo período, o Brasil exportou café para 117 países, e que os Estados Unidos continuaram sendo o país que mais importou Cafés do Brasil, com 4,32 milhões de sacas de 60kg, representando 19,7% do total. A Alemanha, em segundo lugar, com 3,8 milhões (17,4%). Em terceiro, no ranking de importação de café, foi a Itália, com 2,02 milhões (9,2%); em quarto, o Japão - com 1,55 milhões sacas (7,1%); e, em quinto, a Bélgica - 1,25 milhões sacas (5,8% das exportações). Vale destacar ainda que o Relatório aponta que nesse período, se comparado com o ano passado, em termos percentuais, houve crescimento de 30,2% das importações de café brasileiro pela Turquia e de 7,7% pela Rússia.

O Relatório mensal setembro de 2017 também demonstrou que EUA foi o país que mais importou cafés diferenciados nesse período, com 685.020 sacas, seguido pela Alemanha (478.066 sacas), Bélgica (430.634), Japão (348.290) e Itália (318.247). Além desses destaques, o Relatório traz ainda vários dados, informações e análises sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, os principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil e perspectivas do consumo mundial de café, entre várias outras análises que merecem ser conferidas pelos diversos segmentos do setor cafeeiro nacional.

Fonte: Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café

Data de publicação: 18/10/2017

Um comentário:

  1. Nesta notícia vemos alguns dados disponibilizados pelo CeCafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil em relação às exportações de café deste ano, onde só os cafés diferenciados geraram uma receita cambial de USD 682 milhões. Para quem não sabe, a receita cambial é a receita oriunda da diferença de câmbio (real x dólar). Para entendermos melhor este dado, precisamos notar que os cafés diferenciados representaram de janeiro a setembro de 2017 apenas cerca de 15,5% das exportações de café. O total de exportações deste produto gerou nada menos e nada mais que USD 3,7 bilhões de receita cambial... Impressionante!

    Melinda Rodrigues

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