Balança comercial com a Argentina tem o maior saldo da série histórica: US$ 8,184 bilhões.
Um forte aumento de 31,31% nas exportações brasileiras, ante um aumento de apenas 3,85% nas vendas argentinas para o Brasil fez com que o fluxo de comércio entre os dois principais sócios do Mercosul registrasse em 2017 o maior desequilíbrio da série histórica, proporcionando ao Brasil um superávit de US$ 8,184 bilhões, quase o dobro do saldo de US$ 4,333 bilhões apurado em 2016. Ano passado, as exportações para a Argentina totalizaram US$ 17,619 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 9,435 bilhões. Considerados os números do comércio brasileiro-argentino a partir do ano 2000, a balança comercial bilateral tem sido, quase invariavelmente favorável ao Brasil. Nos últimos dezessete anos dessa série histórica, apenas em 2000, 2001 , 2002 e 2003 o intercâmbio favoreceu aos argentinos. Nesses quatro anos, a Argentina acumulou um saldo de aproximadamente US$ 4,303 bilhões. A partir de 2004, o Brasil não parou de registrar saldos positivos nas trocas comerciais com o país vizinho. Apenas em 2014 o fluxo de comércio chegou a um ponto de equilíbrio e naquele ano o saldo em favor dos brasileiros foi de apenas US$ 139 milhões. Terceiro maior parceiro comercial do Brasil (atrás apenas da China e dos Estados Unidos), a Argentina perde apenas para os chineses na relação dos países com os quais o Brasil alcança os maiores saldos em sua balança comercial. Outra característica marcante se sobressai quando são analisados os dados do intercâmbio entre os dois países: em 2016, a Argentina foi o pais que mais importou produtos industrializados brasileiros, no total de US$ 16,35 bilhões, correspondentes a 92,8% de todo o volume exportado pelas empresas brasileiras para o país vizinho. Nesse mesmo período, os Estados Unidos compraram US$ 15,15 bilhões em bens industrializados brasileiros, equivalentes a 56,4% das vendas totais aos americanos. Outro dado relevante: nenhum país do mundo importa tantos automóveis brasileiros quanto a Argentina. Ano passado, as vendas de veículos ao país vizinho totalizaram US$ 4,77 bilhões, cerca de 27% das exportações totais para o mercado argentino. Ainda dentro da cadeia automotiva, merecem destaque as exportações de veículos de carga (US$ 1,82 bilhão) e partes e peças para automóveis (US$ 1,079 bilhão). Grande produtor e exportador de produtos agrícolas, assim como o Brasil, a Argentina também tem nos produtos manufaturados o carro chefe de suas vendas ao principal sócio do Mercosul. Em 2017 esses itens responderam por 76,4% dos embarques para o Brasil e geraram receita no montante de US$ 7,21 bilhões. Comex do Brasil. 17/01/2018
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