A paralisação dos caminhoneiros brasileiros gerou prejuízos não somente nas vendas internas de calçados, mas também nas exportações. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), no mês de maio foram embarcados 6,4 milhões de pares que geraram US$ 56 milhões, quedas de 32,7% e de 45,6%, respectivamente, no comparativo com o maio de 2017 (9,5 milhões e US$ 103 milhões). O número interrompe a recuperação iniciada em abril, quando os embarques aumentaram quase 20% em relação a 2017. Com o resultado de maio, os calçadistas somaram 46,75 milhões de pares e US$ 400,3 milhões em exportações nos cinco primeiros meses do ano, quedas de 5% e de 9,3%, respectivamente, no comparativo com igual ínterim do ano passado.
O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ressalta que, além de alguns importantes destinos apresentarem quedas drásticas no mês passado - caso dos Estados Unidos e da Argentina -, influenciou no resultado as paralisações dos caminhoneiros, que provocaram atraso nos embarques e até problemas de produção por falta de matéria-prima. "Dos 121 países que receberam calçados brasileiros em maio, registramos queda em 72", conta o executivo, ressaltando que o resultado negativo do mês passado deve puxar para baixo as projeções de exportações de calçados em 2018. "Tínhamos uma expectativa de bater o valor registrado em 2017, de US$ 1,09 bilhão em embarques, que provavelmente não irá ser atingida. Foi um mês terrível", lamenta Klein.
Fonte:Assessoria de Imprensa da Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados - Abicalçados
Data de publicação:12/06/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário