A medida estabelecida pelo governo e regulamentada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já impacta todos os setores da indústria e terá efeitos imediatos no bolso dos consumidores, já que o preço dos fretes aumentou.
O transporte de arroz pelas rodovias do País terá aumento de 35% a 50% no mercado interno e de 100% para exportações. Na indústria de aves e suínos, o impacto sobre o custo do transporte foi calculado em 63%. O frete de rações provavelmente irá aumentar 83%. No setor de papel e celulose, a alta do preço será de 30%. O aumento do frete aumentará o valor dos produtos no comércio.
Representantes das associações industriais e federações estaduais da indústria fizeram, na última quarta (04/06), uma avaliação dos impactos da greve dos caminhoneiros e das medidas anunciadas pelo governo para estancar a crise. E chegaram à conclusão de que a tabela de preços mínimos é insustentável.
A indústria brasileira sofreu prejuízos bilionários com a greve dos caminhoneiros. Além disso, foi impactada com a redução da alíquota do programa Reintegra, que restitui impostos indiretos cobrados na cadeia produtiva das exportações, e com a reoneração da folha de pagamento, que aumentou a carga tributária para 28 setores da economia. Ambas as medidas foram tomadas pelo Governo para compensar a redução do preço do diesel - o gatilho da greve que parou o Brasil.
A previsão é de que a população, empresários e caminhoneiros autônomos terão prejuízos não calculáveis com tal medida.
Fonte:Confederação Nacional da Indústria - CNI
Data de publicação:06/06/2018
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