A indefinição do custo dos transportes está fazendo com que empresas adiem os embarques de mercadorias, com reflexos na exportação e na produção. Tudo isso Só o agronegócio está deixando de exportar quase 500 mil toneladas, quadro confirmado pelo diretor-geral da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes. Na produção industrial, também há cargas paradas. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as empresas já enfrentam dificuldades para obter insumos.
O tabelamento do preço mínimo para o frete rodoviário - decisivo para acabar com a paralisação dos caminhoneiros - virou uma armadilha para o governo. Sob pressão, já foram editadas duas versões da tabela. A primeira - que é a que está em vigor hoje - atendeu aos caminhoneiros, mas revoltou o agronegócio, que fala em aumentos de até 150% nos preços. A segunda procurou aliviar o custo aos produtores, mas contrariou os caminhoneiros. O governo a revogou. Uma terceira versão está em discussão desde o fim da semana passada.
A Associação dos Transportadores Rodoviários (ATR) ingressou com uma ação de inconstitucionalidade contra a tabela. A CNI pretende fazer o mesmo esta semana. Na semana passada, o tabelamento chegou a ser suspenso para duas empresas por uma decisão judicial do Rio Grande do Norte, mas a liminar foi derrubada na sexta-feira.
Fonte:ESTADÃO.COM.BR
Data de publicação:12/06/2018
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