Brasil
é reconhecido como país exportador de 100% de cacau fino e de aroma
O Brasil foi
oficialmente reconhecido pela Organização Internacional do Cacau (ICCO) como
país exportador de 100% de cacau fino e de aroma. A inclusão no rol de países certificados
no Acordo Internacional do Cacau, ocorreu na quinta-feira (12), durante reunião
do Conselho Internacional da ICCO, realizada em Abidjan, na Costa do Marfim.
A certificação que dá
status diferenciado para países que exportam cacau fino e de aroma é feita
desde 1972 pela ICCO. A aprovação brasileira foi impulsionada pelo trabalho da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) na elaboração de um
dossiê técnico com informações sobre o cacau do Brasil.
No documento
aprovado, o Conselho da ICCO registra que, "embora as exportações de
amêndoas de cacau sejam pequenas em volume, o painel reconheceu a apresentação
de dados mostrando a situação do país como exportador exclusivo de amêndoas de
cacau fino ou de aroma".
A CEPLAC contou com
assessoria da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da
Agricultura e apoio diplomático do Departamento de Promoção do Agronegócio do
Ministério das Relações Exteriores, além da atuação da embaixada brasileira em
Abidjan.
Histórico
A primeira tentativa
de ingresso do Brasil no anexo C do Acordo Internacional do Cacau, que reúne os
países produtores e exportadores de cacau de alta qualidade fino, ocorreu em
2015.
As chances se
tornaram mais concretas a partir da participação de técnicos da CEPLAC na
Conferência Mundial do Cacau de 2018, realizada em Berlim (Alemanha) e na
"Reunião Preliminar do PainelAd Hocsobre Cacau Fino e de Aroma", em
novembro do ano passado em Guayalquil (Equador).
Foram realizadas
várias videoconferências coordenadas pela ICCO com servidores da CEPLAC até
chegar a uma versão definitiva do dossiê. A solicitação brasileira foi aceita
em abril deste ano, em reunião da organização realizada na cidade de Abidjan,
Costa do Marfim, e aprovada nesta quinta-feira (12).
O cacau fino e de
aroma é identificado por apresentar sabores diferenciados, desde frutados,
florais, amadeirado, entre outros. A definição leva em consideração as
características genéticas (origem), local (terroir) e o tratamento das amêndoas
pós-colheita.
O comércio mundial de
cacau e chocolate fino atende a um mercado de nicho e representa menos de 5% do
total comercializado entre os países. Contudo, o produto tem preço elevado no
mercado, podendo custar até três vezes mais do que o cacau comum ou a granel,
conhecido como "bulk".
A expectativa do
governo brasileiro é que o reconhecimento possa aumentar o interesse do mercado
internacional pelo cacau produzido na Mata Atlântica e na Amazônia.
Fonte:
Assessoria de imprensa – Mapa
Data
de publicação:16/09/2019
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