China
deve importar melão do Brasil e habilitar novos frigoríficos, anuncia ministra
A China deve importar
melão produzido no Brasil e habilitar novos frigoríficos brasileiros para
fornecerem carne àquele país. Em compensação, o Brasil vai importar pera
chinesa. O anúncio foi feito pela ministra da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Tereza Cristina.
"Muitas coisas
estão caminhando com muita celeridade. No caso das frutas, devemos ter o
anúncio da abertura de melão do Brasil para China e de pera da China para o
Brasil. Temos mais habilitações que devem acontecer no intervalo de dias entre
a visita do presidente Bolsonaro à China e a visita do presidente Xi Jinping ao
Brasil", afirmou Tereza Cristina.
Esta é a segunda
viagem da ministra à Pequim. A primeira foi em maio deste ano. Ela destacou a
importância da continuidade das conversas entre maio e outubro deste ano.
"Tivemos alguns avanços. A viagem de maio foi importantíssima para uma
abertura maior entre o Ministério da Agricultura e o GACC (aduana
chinesa)", disse.
A ministra ressaltou
o importante mercado que se abre para a produção pecuária brasileira.
"Hoje o mercado de carnes está em ebulição aqui, a necessidade é muito
grande. Então, aqueles frigoríficos que estão preparados com os protocolos para
exportar para China terão oportunidade, tamanha é a necessidade e a vontade de importar
carne do Brasil", afirmou.
Na área agrícola,
estão sendo acertados protocolos para exportação de farelo de algodão e de
farelo de soja, mas essa negociação exige mais conversas entre as equipes
técnicas dos dois países. A China também manifestou interesse no açúcar e no
etanol brasileiros.
"Há interesse
deles no açúcar, no algodão e até no etanol. (O etanol) Entrou de maneira muito
inicial ainda, muito pontual, mas vamos caminhar para uma discussão também
sobre esse assunto", afirmou a ministra.
Tereza Cristina
reforçou a importância das parcerias entre o Brasil e a China - um país que
precisa alimentar 1,4 bilhão de pessoas. "O que o nos foi dito ontem, com
muita propriedade, é que eles têm a necessidade (de alimentos), porque estão
colocando no mercado de consumo mais de 300 milhões de pessoas. Isso é um outro
Brasil que precisa ser alimentado dentro da China", disse.
"Nós temos de
aproveitar essa oportunidade, entregando o que eles querem: volume, alimento de
qualidade e preços que possam estar ajustados aqui no mercado chinês",
completou.
Fonte:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa
Data
de publicação:25/10/2019
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