Em evento na
Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, a ministra Tereza Cristina
(Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou que a
entidade "segue como o mais importante fórum para que se alcancem soluções
equitativas e para que se construa uma economia global saudável no século
XXI".
Como exemplo, Tereza
Cristina citou os resultados da 10ª Conferência
Ministerial, realizada em 2015 em Nairóbi, quando os países-membros
concordaram em eliminar os subsídios à exportação de produtos agrícolas. "A decisão foi um marco para o comércio internacional
e reafirmou o papel central da OMC na governança do comércio
internacional", disse.
No entanto, ministra
defende que é preciso buscar novos resultados. "A reforma da OMC
reveste-se de grande prioridade. As disciplinas da organização devem ser
fortalecidas, de forma a contemplar questões essenciais para a busca de um
mercado aberto, justo e transparente".
Além do evento, a
ministra reuniu-se com o diretor-geral da organização, Roberto Azevêdo. Ela
também participou de encontros com representantes dos Estados Unidos,
embaixador Dennis Shea, e do setor de algodão do Brasil.
Tereza Cristina
participou da sessão plenária do World
Cotton Day (Dia Mundial do Algodão), na sede da OMC, e destacou a
importância da cultura do algodão para a economia e o desenvolvimento social no
Brasil.
"O PIB da cadeia
produtiva do algodão do Brasil é de cerca de US$ 74,11 bilhões, considerando as
vendas de produtos de confecção. A cadeia gera emprego e renda para 1,2 milhão
de trabalhadores", disse
A ministra ressaltou
que o "bom funcionamento do comércio internacional,
sem distorções, é fundamental para o desenvolvimento de setores produtivos
agrícolas, como o do algodão. Por essa razão, o Brasil tem sido um membro ativo
na OMC, sempre buscando fortalecer o papel conciliador da organização, pautado
por isenção e equidade".
Ela reafirmou o
comprometimento do setor produtivo brasileiro com a sustentabilidade ambiental,
lembrando que o Brasil é líder mundial na certificação socioambiental de
algodão, com mais de 80% da produção certificada.
A ministra lembrou
que, em 20 anos, a produção nacional de algodão cresceu 226% e, na safra
2017/18, o Brasil colheu 2,2 milhões de toneladas de pluma, 11% da produção
mundial.
O país é o terceiro
maior exportador de algodão, com participação de 10% das exportações mundiais,
totalizadas no último ano em US$ 15 bilhões. "Confirmadas as projeções de
crescimento de 20,5% na próxima década, o Brasil deverá expandir sua fatia para
15% do mercado exportador", disse a ministra. (Assessoria de imprensa
do Mapa).
Fonte:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa
Data
de publicação:08/10/2019
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