quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Acidentes com motos chegam a 70% dos benefícios pagos pelo DPVAT

Em 2012, o Nordeste foi a região que teve o maior número de indenizações gerais, com 29% do total. E 65% dos casos envolveram motocicletas. É um problema em todo o Brasil: cresceu o número de acidentes com motos e as indenizações já representam 70% dos benefícios pagos pelo DPVAT. Não está faltando campanha de educação no trânsito? Afinal, parte do dinheiro do DPVAT, o seguro obrigatório, vai para o Denatran para ser usado em campanhas e programas de prevenção de acidentes no trânsito. A moto que Luciene Machado usa para fazer entregas ainda tem as marcas do acidente em que ela se envolveu no ano passado. Por causa dos ferimentos ficou 15 dias afastada do trabalho. “Fui fechada, não consegui reduzir a velocidade da moto acabei colidindo com um caminhão. Em uma queda a gente gasta muito”, afirma a motofretista. Luciene não sabia, mas tinha direito a pedir o reembolso de parte do que gastou com remédios. O seguro DPVAT cobre até R$ 2,7 mil com despesas médicas e hospitalares. Em caso de morte ou invalidez, a indenização é de até R$ 13,5 mil. Um balanço das indenizações pagas pelo seguro DPVAT no ano passado mostra que, embora as motos representem menos de 33% da frota nacional, elas foram responsáveis por quase 70% dos benefícios pagos. Foram mais de 500 mil indenizações, quase 39% a mais do que em 2011. O Nordeste foi a região que teve o maior número de indenizações gerais, com 29% do total. Em 65% dos casos, os acidentes envolveram motocicletas. O professor de engenharia de trânsito afirma que o crescimento no número de acidentes com motos deve-se, em parte, ao fato de que vem aumentando o uso de motocicletas como meio de trabalho. “Tem uma legislação específica, mais recente, sobre o uso da moto como instrumento de trabalho, seja como motofrete ou como mototaxi. Mas a legislação sozinha não vai dar conta de lidar com essa situação, é preciso que haja um investimento grande em fiscalização”, afirma Paulo Cézar Marques. Motociclista profissional há 16 anos, José de Oliveira concorda que é preciso fiscalização e também muita prudência para conduzir motos. Ele conta que já perdeu 11 colegas em acidentes. “É como você pegar uma granada, tirar o pino e botar no bolso. Você tem que ser consciente que você está em um veículo que não te oferece segurança e é muito perigoso”, diz. O prazo para fazer o pedido de indenização é de até três anos depois do acidente. Fonte: Do G1 - Bom Dia Brasil

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