quinta-feira, 18 de julho de 2013
AEB REVISA BALANÇA COMERCIAL PARA 2013 E PROJETA DÉFICIT
A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou a revisão da projeção da balança comercial de 2013 apontando uma queda de 5% nas exportações em relação ao ano de 2012. De acordo com a entidade, as exportações devem contabilizar, em 2013, US$ 230,511 bilhões; já a previsão para as importações foi ampliada em relação à estimativa divulgada em dezembro, atingindo US$ 232,519 bilhões, valor que representa aumento de 4,2% em relação a 2012. Com isso, o superávit previsto pela AEB, em dezembro, transformou-se em déficit comercial de US$ 2,008 bilhões.
Para o presidente da AEB, José Augusto de Castro, se o déficit previsto se confirmar é preciso que ele sirva como alerta para deixar claro que o País depende do mundo. "Não temos o controle do comércio exterior", disse ao destacar que a elevada participação das commodities na pauta de exportação (acima de 65%) torna instáveis os resultados da balança comercial, em função de fatores externos e preços que não podem ser administrados pelo Brasil.
Por outro lado, Castro ressalta que pontos que deveriam ser tratados pelo governo (reformas tributária e trabalhista, redução de burocracia, logística) não avançam, dificultando cada vez mais as condições para ampliar as exportações de manufaturados.
De acordo com a revisão apresentada pela AEB, a redução das exportações deve-se à aceleração da queda das cotações das commodities em geral, aliada à diminuição do quantum de petróleo, óleos combustíveis, milho e algodão, em contrapartida à tendência de menor ritmo de crescimento das importações, decorrente da perspectiva de redução do consumo interno e de patamar mais elevado da taxa cambial.
A AEB lembra que o cenário instável pode alterar para mais ou para menos os dados projetados para a balança comercial. Nesse aspecto, entre os principais fatores a considerar estão: desaceleração econômica da China e impacto nas cotações das commodities; eventual redução de incentivos à economia dos Estados Unidos e seus possíveis impactos nas cotações das commodities e na taxa de câmbio; redução do superávit comercial da Argentina no primeiro semestre, que pode ampliar controles e restringir suas importações em geral, afetando as exportações do Brasil; constantes oscilações nas importações de petróleo e derivados.
Fonte: Aduaneiras
Em 17/06/1013
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