Linha férrea ligará o terminal de Engenheiro Bley, na Lapa, ao Porto de Paranaguá; projeto prevê um total de oito túneis e seis viadutos ao longo dos 150 quilômetros de percurso
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) anunciou no dia 7/7 o traçado do novo corredor ferroviário paranaense, que ligará o terminal de Engenheiro Bley, na Lapa, ao Porto de Paranaguá.
A ferrovia seguirá a faixa de domínio da atual estrada de ferro existente desde a Lapa até Curitiba e, depois, seguirá o trajeto da BR-277 até o litoral. Foi estudada a viabilidade de sete corredores, mas o caminho escolhido era o que tinha o menor impacto ambiental.
O projeto prevê um total de oito túneis e seis viadutos ao longo dos 150 quilômetros de percurso. Estas intervenções, inclusive, devem ser responsáveis por 60% do custo da obra, ou R$ 1,3 bilhões de um total de R$ 2,2 bilhões. Estima-se que a velocidade do trem na Serra do Mar deve saltar dos atuais 15 km/h para 60 km/h.
A ANTT vai publicar o projeto no dia 15/7 para a tomada de subsídios ao longo de um mês. Nesta fase, a agência recebe documentos que possam ajudar na consolidação ou alteração do projeto. Depois o estudo parte para a fase de audiências públicas e, incorporadas as sugestões colhidas nestas duas etapas, é encaminhado para o Tribunal de Contas da União.
O percurso vai seguir a faixa de domínio da atual ferrovia concedida à America Latina Logística (ALL) desde o ramal de Engenheiro Bley até o Parque Iguaçú, no sul de Curitiba. Lá será instalado um pátio ferroviário.
“Não é o ideal que a ferrovia esteja envolvida pela mancha urbana, mas é fundamental que ela passe próximo aos seus potenciais usuários”, afirma o superintendente da EPL. Desta forma, o percurso permanecerá passando ao lado dos terminais da Petrobrás e Imcopa em Araucária, por exemplo.
Do pátio de Curitiba a ferrovia seguirá ao lado da BR-277 ao longo da descida da Serra do Mar. Neste trecho, a linha desvia o Parque Nacional de Saint Hilaire e passa ao norte do futuro Parque Nacional de Guaricana. Ao todo, 2% do parque serão afetados.
“Infelizmente, a topografia da serra tornou inviável o desvio completo”, afirma o engenheiro da Progen, empresa que elaborou o estudo preliminar, Paulo Henrique Torres.
Fonte:Portal Transporta Brasil
Por: Victor José.
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