quinta-feira, 18 de julho de 2013
Balança comercial terá déficit de US$ 2 bi no ano, estima AEB
A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou, nesta quarta-feira, 17, revisão de sua estimativa para o resultado da balança comercial de 2013. De um superávit de US$ 14,620 bilhões previstos no início do ano, passado o primeiro semestre, a projeção mudou e agora é de déficit de US$ 2,008 bilhões.
A piora no cenário do comércio exterior brasileiro se deveu ao aprofundamento da queda das exportações e ao aumento das importações em relação a 2012.
Na nova projeção, as vendas ao exterior passaram de uma queda de 1,2% para um recuo de 5%, com o valor total devendo ficar em US$ 230,511 bilhões. Nas compras do exterior, o incremento saltou de 0,9% para 4,2%, com o montante chegando a US$ 232,519 bilhões.
O recuo maior nas exportações acontece justamente nos setores com maior peso na balança. A previsão é que a venda de produtos básicos caia 6,6%, enquanto as de semimanufaturados e manufaturados devem encolher 7,1% e 1,9%, respectivamente.
Nas importações, há alta de 5,7% prevista para bens de capital, 3,2% para matérias-primas e produtos intermediários e 0,5% para bens de consumo. Em função da maior demanda do mercado interno e dos registros atrasados relativos ao ano passado, a compra de combustíveis e lubrificantes deve crescer 9,2% neste ano, ante 2012.
José Augusto de Castro, presidente da AEB, afirma que o recuo significativo em volume exportado do complexo petróleo no primeiro semestre - o terceiro com maior peso na pauta de exportações - e a queda nos preços das commodities explicam a nova projeção.
'O petróleo cru caiu 43% em volume e 11% em preço no primeiro semestre, enquanto a venda de combustíveis recuou 34% em volume e 9% em preço. Tivemos fortes quedas no volume de algodão e milho, enquanto minério de ferro, café e soja também estão com preços mais baixos que o ano passado e deverão, no segundo semestre, ficar em um patamar menor do que no início do ano', afirma.
A perspectiva maior de importação se deve aos resultados concretos do primeiro semestre, que registrou crescimento de 8,4%. 'Ainda deve haver diminuição nesse ritmo no segundo semestre, por causa da retração no consumo doméstico e da desvalorização do real', diz.
Fonte: Valor OnLine
Em 17/07/2013
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