quarta-feira, 10 de julho de 2013
Estivadores bloqueiam a Anchieta e paralisam operação em navios
Dos 35 navios atracados no Porto, 13 estão com operações paralisadas. Estiva quer que a Embraport utilize os portuários escalados pelo Ogmo.
Cerca de 500 estivadores protestam, desde o início desta quarta-feira (10), por não terem sido convocados pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) para atuar no terminal da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport). Desde às 10h, o grupo bloqueia a Anchieta, na entrada da cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a Codesp, 13 navios estão sem operar no Porto de Santos por falta de mão de obra.
Ao contrário do que aconteceu nos últimos dias, quando os protestos da estiva reuniram poucas pessoas, o grupo utiliza faixas, carros de som e fogos de artifício para chamar atenção para a causa. Os estivadores exigem que a Embraport utilize os profissionais escalados pelo Ogmo. Já a empresa afirma que não vai ceder, já que está amparada pela nova Lei dos Portos, que prevê a contratação por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Por volta das 10h30, os estivadores ainda bloqueavam as duas pistas da Anchieta e a avenida Nossa Senhora de Fátima, na entrada de Santos. Segundo o sindicato da categoria, a proposta é seguir em passeata até a Alemoa e, depois, fazer todo o caminho de volta.
Em nota enviada ao G1, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), afirma que 35 navios estão atracados nesta quarta-feira (10) no Porto de Santos. Por causa dos protestos, 13 estão com operações paralisadas. Os outros 22 funcionam normalmente porque não necessitam de mão-de-obra.
Nesta terça-feira (9), um grupo com cerca de 20 estivadores se reuniu na rua Antônio Prado, no Porto de Santos, próximo a Alfândega, e bloqueou a via. Eles utilizaram um contentor de lixo e faixas para interditar a pista que é utilizada para o acesso aos terminais portuários.
Na última quarta-feira (3), estivadores e portuários fecharam os dois sentidos da Rua Xavier da Silveira, no Centro da cidade, próximo à Alfândega, causando um grande congestionamento de veículos. Os mais de 40 trabalhadores queimaram pneus, soltaram fogos e formaram barricadas com pedras e pedaços de madeira. Um grupo de estivadores invadiu o prédio da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e desocupou o local no início da noite a pedido da Polícia Federal.
Estivadores fazem novo protesto e bloqueiam a entrada de Santos (Foto: Roberto Strauss / TV Tribuna)
Depois das manifestações, na quinta-feira (4), houve uma reunião que durou cerca de três horas, entre o Sindicato dos Estivadores e representantes da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Empraport). Eles não conseguiram entrar em acordo sobre a mão de obra utilizada nos terminais. Por isso, representantes do Sindicato dos Estivadores disseram que as manifestações irão continuar.
A Embraport informa que está cumprindo integralmente o que determina a nova Lei dos Portos, que permite ao terminal privado contratar trabalhadores pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que é o regime que dá mais segurança e garantias ao trabalhador. A empresa vem anunciando as vagas disponíveis para estivadores, dando preferência aos trabalhadores registrados e cadastrados no OGMO (Órgão Gestões de Mão de Obra) para contratação com vínculo empregatício com base na CLT.
Ainda segundo a empresa, desde o início deste ano, mantém diálogo constante e individual com as diversas categorias sindicais portuárias e, inclusive, já fechou acordos coletivos de trabalho com sindicatos. A empresa confia que as negociações com os demais sindicatos chegarão a um consenso o mais rápido possível.
Fonte: Do G1 Santos
Por: Anna Gabriela Ribeiro e Mariane Rossi
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