terça-feira, 16 de julho de 2013

Nenhum país existe sem um comércio forte



O ato de comerciar é quase tão antigo quanto a existência da humanidade. A troca de objetos está marcada em enredos e histórias bíblicas como sendo algo corriqueiro e necessário na vida dos povos.

Os fenícios, sociedade cujo epicentro se localizava no Norte da antiga Canaã, ao longo das regiões litorâneas dos atuais Líbano, Síria e Norte de Israel, eram hábeis comerciantes.

A civilização fenícia foi uma cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou pelo Mediterrâneo entre 1.500 a.C. e 300 a.C.

Os descobrimentos da Espanha e de Portugal ocorreram, basicamente, em busca de novos comércios com a Índia e outros pontos do mundo então conhecido.

Dom João VI, assim que chegou ao Brasil, fugindo da invasão de Portugal por parte de Napoleão, abriu os portos às nações amigas.

O IBGE, na pesquisa do ano 2000, informa que o número de empresas comerciais constituídas no Brasil chegou a 1,125 milhão, uma variação de 65,4% em relação a 1990.

A região Sudeste, de mais elevado desenvolvimento, reúne mais da metade dos estabelecimentos comerciais do País. O número de empresas varejistas,  87,1% do total, é maior do que o de atacadistas, empregando 77,6% da mão de obra, contra 14% no comércio atacadista.

Mas, o número de empresas atacadistas cresceu 25,95% entre 1990 e 2000. Em 2000, a receita dos 5.000 maiores hiper/supermercados foi de R$ 48.533 bilhões, enquanto em 1990 era de R$ 23,5 milhões.

A atividade comercial do País teve uma fase de expressivo crescimento entre 1994 e 1995, proporcionado pelo ganho real de salários, com a estabilização da inflação; e um período de forte diminuição, com início em 1996 e aprofundamento a partir de 1997, em função das medidas econômicas.

Os aumentos das taxas de juros e do desemprego, a redução dos gastos públicos e do salário médio real e, por último, a forte desvalorização da moeda, com a política de ajustamento econômico, afetaram o comércio.

Mas o dinheiro arrecadado com o comércio no mundo passou de U$ 61 bilhões, em 1950, para U$ 5,61 trilhões, em 1999. De 1979 até 1988, a média anual do crescimento do comércio global foi de 4,3%, enquanto o PIB teve uma taxa de 3,4%.

A Associação Comercial de Porto Alegre reuniu os comerciantes, sendo criada depois a Federação das Associações Comerciais/RS, a Federasul, cuja sede foi erguida em 1940.

Hoje temos a Fecomércio, fusão de entidades que agregavam setores do comércio, incluindo-se aí o atacadista, além de congregar o chamado Sistema S, com Sesc/Senac, de relevantes serviços prestados à formação da mão de obra para as atividades do setor, também prestando assistência à saúde e a períodos de férias há mais de 50 anos.

Nenhuma nação é autossuficiente, ou seja, nenhum país produz todos os bens de que precisa. É fundamental, então, comercializar com as demais nações. Com isso, a globalização veio ao natural.

O comerciante e o comércio estão presentes no nosso dia a dia e ninguém concebe viver sem eles, desde a pequena quitanda da esquina até os grandes hipermercados que substituíram aos armazéns que reinaram até o final dos anos de 1950.

Há espaço para todos, desde que bem administrados e sempre focados nos interesses maiores dos consumidores, os grandes julgadores dos serviços e produtos oferecidos.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

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