Médicos de ao menos seis Estados aderiram à paralisação nacional da categoria nesta terça-feira (23). Goiás, Bahia e Ceará suspenderam o atendimento eletivo no SUS por 24h, segundo os sindicatos da categoria. Apenas procedimentos de urgência e emergência estão mantidos.
Segundo o presidente da Fenam (Federação Nacional de Médicos), Geraldo Ferreira, o atendimento à população também foi parcialmente suspenso no Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraná.
A expectativa da entidade é parar em 15 Estados os procedimentos eletivos --consultas, exames e cirurgias agendadas.
Médicos voltam a protestar hoje em São Paulo
A paralisação faz parte do calendário de atos convocados por entidades de classe contra o Mais Médicos --programa do Governo Federal que prevê a contratação de médicos formados no exterior sem a revalidação do diploma-- e os vetos ao Ato Médico, lei que regulamenta a profissão.
Em Goiás, a informação do presidente do Simego, Rafael Cardoso Martinez, é que 6.000 dos 9.000 médicos aderiram ao movimento. "Paralisamos quase 100% do atendimento eletivo", diz Martinez.
No Ceará, o sindicato da categoria no Estado não soube precisar quantos dos cerca de 10 mil médicos participam da greve.
"O problema não é falta de médico, é falta de estrutura e investimento. Fazendo uma comparação grosseira, é como contratar mais cozinheiros sem ter feijão, arroz, fogão ou pratos", diz José Maria Pontes, presidente do Sindicatos dos Médicos do Ceará.
NOVAS PARALISAÇÕES
A Fenam, juntamente com outras entidades representativas, deve promover nos dias 30 e 31 de julho novas paralisações. A federação espera contar com a adesão de profissionais da rede privada.
Amanhã está prevista a entrega de uma ação no Supremo Tribunal de Justiça contra o Mais Médicos.
Na sexta-feira (26), Fenam, CFM (Conselho Federal de Medicina) e AMB (Associação Médica Brasileira) se reúnem com estudantes de medicina em Brasília para discutir a participação deles no movimento.
Fonte: Uol
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