quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Instituto da Impunidade continua a premiar bandidos
Nesta quinta-feira, lamentavelmente, o cruel assassinato do meu amado filho Mário completa nada menos do que 95 meses. E, como vocês todos sabem, são 95 meses de incerteza quanto ao autor do crime e/ou os mandantes. Estamos chegando rapidamente aos 100 meses!
Já se passaram 2.850 dias da trágica noite de 29 de setembro de 2005, quando meu amado filho Mário foi assassinado sem qualquer explicação, quando se preparava para chegar à casa de amigos e colegas de infância para um saudável churrasco de confraternização. Não chegou ao local, pois foi alvejado com um tiro certeiro que praticamente lhe dilacerou o coração.
Daquela noite incrédula até agora, tenho vivido momentos de grande angústia, só imaginado por alguém que passou por algo semelhante. Não foram raras as noites em que acordo na madrugada e o pranto toma conta do meu rosto, enche meus olhos de lágrimas e força soluções.
É a dor de um Pai que perdeu o filho amado para a marginalidade por conta da absoluta falta de segurança que temos vivido ao longo dos últimos anos, principalmente.
É a dor de um Pai que clama por Justiça, sem alimentar o sentimento de vingança. É a dor de um Pai que precisa continuar vivendo com o hediondo descaso das autoridades da segurança pública e, paralelo, com o Instituto da Impunidade que acaba premiando assassinos desalmados como os que vitimaram meu amado filho e enlutaram uma família inteira.
Certamente por conta da Impunidade, esses assassinos devem ter enlutado outras tantas famílias por este Rio Grande afora, enquanto as chamadas autoridades da segurança pública mostram grande preocupação com os períodos eleitorais, e mais nada, ao que parece.
Dezenas e dezenas de vezes me postei à disposição das autoridades da área da segurança pública para tentar, de alguma forma, reconstruir tudo, visando se identificar os verdadeiros assassinos e os encaminhá-los para julgamento na Justiça terrena.
Mas fui simplesmente ignorado em tantas vezes quantas busquei aproximação. Preferem, ao que vejo, tratarem o caso do assassinato do meu amado filho Mário apenas como mais um número na fria estatística dos crimes insolúveis.
Insensíveis!
Buscam, certamente, que esse crime caia no esquecimento. Nunca conseguirão, porque enquanto houver um sopro de vida neste Pai, ele estará cobrando o que lhe é devido pelo Estado: uma explicação convincente e a identificação dos verdadeiros assassinos do meu amado filho Mário.
Enquanto isso não acontecer, continuarei sofrendo com a intensidade da perda do meu amado filho Mário, contando com o apoio dos verdadeiros amigos e amigas e com a fé que deposito em Deus Todo Poderosos. E continuarei cobrando dessas autoridades, competência
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Sergio, Pai do Mário
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Sergio, Pai do Mário
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