quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Polo naval chega à Capital
Prefeitura libera licença para instalar unidade de montagem de módulos
Porto Alegre também entra no mapa da indústria naval. A empresa gaúcha Interbrasil Transportes e Guindastes Intermodais e a Ecovix-Engevix Construções Oceânicas vão instalar uma unidade para montagem de módulos de plataformas de petróleo no porto da Capital.
O investimento, que será de pelo menos R$ 10 milhões, teve ontem a licença de instalação liberada pela prefeitura. O projeto vai se conectar com o polo naval de Rio Grande. A Interbrasil será responsável pela logística da unidade, com a movimentação dos módulos, equipamentos e matérias-primas tanto por hidrovias quanto por rodovias e a Ecovix-Engevix entra com a mão de obra para a montagem dos blocos e o material.
– Com a vinda do polo naval para Porto Alegre, muitas outras empresas também devem vir para o porto da Capital. Vamos movimentar o transporte hidroviário no Estado – diz Eduardo Santiago Irigaray, CEO do Grupo Irigaray, controlador da Interbrasil.
A unidade aguarda agora a licença de operação. Mas a previsão é que comece a produzir ainda no primeiro semestre de 2014. A capacidade instalada será de 500 toneladas de aço por mês, diz Irigaray. A previsão é que, inicialmente, o empreendimento gere cerca de 600 empregos diretos. Quando estiver consolidado, seriam até 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos.
Governo espera mais projetos ligados à indústria oceânica
A unidade ficará em área de 51,3 mil metros quadrados, no Cais Navegantes, onde será feita a recepção, a armazenagem, a montagem e o embarque dos módulos que serão integrados às plataformas de petróleo produzidas em Rio Grande, no sul do Estado. Para assegurar o empreendimento, foi feito um contrato de cinco anos entre a Interbrasil e a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), autarquia vinculada ao governo gaúcho, aprovado este ano pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A área pertence à União, mas a gestora é a SPH.
Para a autarquia, o contrato renderá ainda R$ 2 milhões por ano, observa o superintendente, Pedro Obelar. Os recursos, que representarão um acréscimo de 25% na arrecadação, poderão ser utilizados para desassoreamento e sinalização das hidrovias do Estado.
O governo gaúcho espera que a Capital receba novos projetos vinculados à indústria oceânica. O próximo empreendimento a aportar à margem do Guaíba seria uma unidade da também gaúcha Metalúrgica Koch, que fabricaria guindastes das plataformas. Neste caso, o investimento estimado é de R$ 90 milhões. Assim, o Estado estaria ganhando um terceiro polo naval, após a consolidação de Rio Grande e a instalação de empresas ao longo do Jacuí, em municípios como Charqueadas, Taquari e Triunfo.
O grupo Ecovix-Engevix é dono de dois estaleiros em Rio Grande. O ERG1 se dedica à produção de cascos de plataformas para a Petrobras e o ERG2, ainda em construção, será voltado à fabricação de sondas de perfuração em águas ultraprofundas, para explorar a camada pré-sal.
caio.cigana@zerohora.com.br
Zero Hora - RS
CAIO CIGANA
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