Mesmo com valor médio estável, diferença entre maior e menor é de 6,2%
O preço da gasolina comum vendida nos postos da Capital varia até R$ 0,17, ou 6,2%, entre o maior e o menor. Levantamento feito por ZH ontem em 30 postos mostrou que o valor médio do combustível permaneceu estável nos últimos 32 dias, em R$ 2,793, mas a situação pode se modificar com a previsão de analistas de reajuste pela Petrobras até o final de outubro.
O preço mais praticado é de R$ 2,799, em 13 estabelecimentos. O menor é cobrado pelo Posto Pernambuco, localizado na Avenida Pernambuco, e o maior no Posto Santiago, na Avenida Ipiranga.
– Os postos têm procurado baixar as margens para ganhar em volume, o que acaba reduzindo o preço médio da gasolina na cidade – afirma Adão Oliveira, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpetro-RS).
Dólar baixa e abre espaço para alta de combustível
O valor médio do diesel vendido em Porto Alegre recuou 0,75% do dia 22 de agosto até ontem, de acordo com o levantamento. O valor mais baixo encontrado pela reportagem foi R$ 2,149, e o mais alto, R$ 2,499.
A nova queda do dólar ontem reforçou projeções de que o governo autorizará a Petrobras a reajustar o preço dos combustíveis vendidos para as distribuidoras ainda neste ano. Com a trajetória de baixa na cotação da moeda americana, o custo de produtos importados tende a se manter estável ou cair, reduzindo a pressão sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, o que poderia abrir espaço para o aumento da gasolina e do diesel.
– Esse reajuste deve ocorrer até o final de outubro, antes da tradicional pressão inflacionária de final do ano – diz João Ricardo Costa Filho, sócio da Pezco Microanalysis.
O aumento deve ficar em torno de 10%, abaixo do que especialistas calculam ser a defasagem nos preços da gasolina vendida pela Petrobras, que estaria entre 20% e 30%. O reajuste também poderia tornar o leilão da área de Libra mais atraente a investidores, ainda que sinalizasse a interferência política do governo na gestão da estatal, explica Costa.
erik.farina@zerohora.com.br
intelog.com.br
ERIK FARINA
Nenhum comentário:
Postar um comentário