segunda-feira, 7 de outubro de 2013
A FALTA DE COMPETITIVIDADE ALÉM DA INFRALOGÍSTICA
Já faz parte do costume de empresários do país apelar para o clamor em relação à necessidade de construção e ampliação de infralogística para aumentar a competitividade logística, como se este fosse o nosso único problema.
Esquecem que a demanda por serviços logísticos iniciam nas suas empresas e se esta é mal planejada e executada, compromete por decorrência e de forma irremediável a competitividade de todo o sistema logístico de transportes do país.
Competitividade logística é algo que todo empresário presume possuir e esta é resultado de conhecimento efetivamente construído na escola, aperfeiçoado e aplicado na empresa.
Poucos conseguem perceber o tremendo estrago da falta de conhecimento na competitividade do país, cujo princípio ocorre nas empresas usuárias do sistema logístico de transportes (SLT). Uma escolha inadequada de operador, por exemplo, pode ser o embrião de uma sequência de erros, que no agregado pode indicar necessidades de infralogística que certamente não trariam competitividade efetiva.
Mas existem outros equívocos que têm origem nas empresas usuárias do SLT. O aumento da demanda por serviços logísticos aos finais de meses, trimestres e ano, decorrente da necessidade de cumprimento de metas de faturamento é um erro gravíssimo para a eficiência logística.
A principal justificativa para este equívoco está alicerçada na necessidade de enriquecer os relatórios de desempenho das empresas com números expressivos que agradem os investidores.
Incongruência crassa. Ocorre que aumentar as demandas por serviços de transporte e logística nesses períodos, acarreta em necessidade de disponibilização de veículos, que permanecem ociosos nos demais períodos do mês.
Outro aspecto que preocupa e compromete a competitividade do SLT é a escolha modal, ainda que no país a competitividade multimodal esteja comprometida por duopólios e monopólios.
Trata-se da inobservância da aplicação da teoria do custo logístico total, desenvolvida em 1956 por três estudantes da Universidade de Harvard (Culleton, Steele e Lewis).
A origem da desta decisão pode ser constatada pela aplicação de indicadores de desempenho mal elaborados e não sistêmicos.
Se a parcela de decisão do modal ideal recair sobre ganhos que não sejam a tarifa (como a redução do custo financeiro, por exemplo), este não é escolhido para a realização dos serviços. H
á muito que se aprender sobre logística e principalmente no que diz respeito a sua correta aplicação nas empresas.
** Professor de Logística da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Diretor do IPELOG
Intelog
Mauro Roberto Schlüter **
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