quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Desafios Logísticos – Planejamento da Demanda


Sabemos que o profissional de logística encontra diversos desafios em seu dia-a-dia, pois fazer  com que o o consumidor receba o produto certo, na quantidade certa, na qualidade desejada, no tempo solicitado e a um custo adequado exige bastante de cada um de nós.

Muitos gestores atuam especificamente em determinadas atividades da logística, que isoladamente, já apresentam inúmeros desafios. Imaginemos agora, o gestor que está à frente de uma organização que já atua logisticamente de forma integrada.

Neste caso, os desafios se iniciam na seleção das fontes fornecedoras, passam pelos processos de negociação com fornecedores, gestão do ciclo do pedido, planejamento de demanda e produção, dimensionamento dos níveis de estoques e dos locais de armazenagem,  distribuição dos produtos aos clientes finais e, em alguns casos, os desafios somente se encerram no processos de logística reversa.

Para tornar o texto mais agradável, optei por descrever alguns dos desafios que vivenciei e continuo vivenciando como gestor logístico.

A ordem em que estão listados não significa qualquer grau de prioridade ou importância e, tenho certeza que nossos leitores, se lembrarão de muitos desafios que esqueci de mencionar.

Acreditem, lembrar de todos os desafios desta estimulante função de gestor logística também foi um grande desafio para mim.

Segue a primeira parte do texto contendo os desafios.

1 – Planejamento da Demanda

Uma parte considerável, dos desafios logísticos, surge devido à ausência, de processos organizados, que visem o correto entendimento do comportamento da demanda do mercado com relação aos itens comercializados pela organização.

Infelizmente, ainda é comum ouvirmos que é “impossível” prever como o mercado vai se comportar, em termos compra, nos meses seguintes.  Em algumas empresas, a área comercial com base em seus conhecimentos (que devem sempre ser considerados) estima uma quantidade de vendas para cada item.

Muitas vezes esta estimativa é confundida com a meta que a organização estabeleceu, e esta interpretação equivocada pode gerar grandes transtornos.

Se a previsão de vendas é muito alta e, não existe capacidade logística para atender a mesma, a área comercial se sente “freada” e diz que não conseguirá atingir as metas devido a não ter produto para vender.

Do outro lado, se com base na “estimativa” de vendas foram alocados diversos recursos (que geram custos) e disponibilizadas as quantidades estimadas e, por algum motivo, as estimativas não foram atingidas, a organização fica com um estoque elevado..

Uma das formas, de trabalharmos na minimização deste desafio, é através da implementação de processos de S&OP (Sales & Operations Planning). Estes processos podem  proporcionat ganhos  fantásticos para as organizações como: melhoria na acurácia da previsão de vendas, possibilidade de otimização do uso dos ativos (máquinas, instalações e veículos), redução dos níveis de estoques, melhoria no atendimento ao cliente (redução de faltas de itens no pedido), melhoria na relação com fornecedores participantes da cadeia produtiva que são impactados pela ausência de planejamento e, maior integração entre as diversas áreas internas que passam a trabalhar com o mesmo objetivo de satisfazer Clientes, Empregados, Vizinhos e Acionistas.

Hélio Meirim – CEO da HRM Logística consultora & treinamento, tendo atuado, por mais de 20 anos, no Brasil e no exterior, em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais nos segmentos de Operadores Logísticos, Transportadores, Varejo, E-Commerce, Indústria Farmacêutica, Alimentícia, Siderúrgica, Química e Agrobusiness. Coordena a comissão de logística do Conselho Regional de Administração – RJ, é professor, escritor e palestrante. meirim@hrmlogistica.com.br



Intelog
 Hélio Meirim - CEO da HRM Logística

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