sexta-feira, 4 de julho de 2014

Altas tarifas prejudicam exportações do país, diz OCDE


O Brasil poderia elevar em 26% as exportações de produtos eletrônicos, se baixasse as tarifas de importações nesse setor, que depende fortemente de componentes produzidos no estrangeiro. A avaliação é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), num estudo no qual mostra o Brasil como um dos países ainda pouco integrados nas cadeias globais de valor, consideradas essenciais para aumentar a competitividade da economia. O estudo insiste que altas tarifas de importação sobre bens intermediários acabam sendo prejudiciais às trocas, e que esse efeito aumenta ao longo dos anos. Ainda mais que o desenvolvimento das cadeias globais de fornecimento de produtos amplifica a incidência das alíquotas. O Brasil é apontado pela OCDE como o país menos integrado internacionalmente entre os membros dos Brics, pelo menos em termos de exportação. A autora do relatório, a economista Asa Johansson, calcula que a fatia do Brasil nas exportações mundiais, de cerca de 1% atualmente, continuará mais ou menos constante nos próximos 50 anos, considerando o cenário atual de crescimento econômico, de tamanho da população e outros fatores do modelo que a entidade utiliza. A OCDE reitera que o centro geográfico do comércio continuará mudando para os países emergentes. O rápido crescimento econômico na China, Índia e outros asiáticos é associado com ganhos nas fatias de comércio mundial nas próximas décadas. Já no caso da América Latina, a projeção é de estagnação da fatia de comércio internacional - de 5% atualmente, devendo ficar nesse percentual em 2030 e 2060.
Valor Econômico
01/07/2014

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