As exportações brasileiras de sucata de aço devem apresentar uma retomada no segundo semestre, avalia o Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferrosa (Inesfa). Segundo a entidade, com o aumento esperado da demanda por parte das usinas estrangeiras, principalmente da China, a expectativa é de recuperação nos próximos meses.
Hoje, o Brasil representa uma fatia mínima das exportações globais de sucata ferrosa. Os países que mais exportam o insumo são Estados Unidos (22,1%), Alemanha (8,9%), Holanda (5,2%), Reino Unido (7,0%) e Japão (4,9%) . Segundo o Inesfa, cerca de apenas 3,5% da sucata ferrosa coletada no País são exportados.
"O mercado doméstico consome quase toda a nossa oferta", explica o presidente da entidade, Marcos Fonseca. O executivo afirma ainda que a demanda interna tem crescido, o que reduz o volume exportado pelas empresas do setor.
Em junho, as exportações de sucata de ferro e aço atingiram 23,9 mil toneladas, aumento expressivo de 85% na comparação anual. Já o volume vendido ao exterior no primeiro semestre ficou praticamente estável em relação ao mesmo período de 2013. De janeiro a junho deste ano, foram exportadas 220,4 mil toneladas, ligeiro crescimento de 1,4%.
A receita com exportações de sucata também variou pouco no primeiro semestre. De acordo com o Inesfa, nos primeiros seis meses deste ano, o setor faturou US$ 94,4 milhões, cerca de 3% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Projeção
O Inesfa mantém a projeção de estabilidade do volume de sucata ferrosa exportada pelas empresas instaladas no País. No ano passado, as vendas externas totais chegaram a 453 mil toneladas, resultado que deve se repetir em 2014.
"Este vai ser um ano igual ao que passou, principalmente porque a produção global de aço tem se mantido com crescimento tímido", destaca Fonseca. Hoje, segundo dados da Associação Mundial do Aço (Worldsteel Association, na sigla em inglês), há um excesso de capacidade ociosa do insumo em mais 500 milhões de toneladas.
A sucata de aço é comercializada no mundo como uma commodity e tem preço em torno de US$ 360 a tonelada. "No Brasil, as siderúrgicas querem comprar a preços menores, mas os exportadores recebem melhor de compradores estrangeiros", destaca o presidente do Inesfa.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria
22/07/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário