Impossível fazer um omelete sem quebrar
os ovos. Na atual conjuntura nacional,
a Secretaria de Portos da Presidência da
República (SEP) estabeleceu um
critério para execução da dragagem em um período
longo, mas as condições
efetivamente conhecidas são as do 1º ano. Por isso, os
outros fatores de
custo não conhecidos e sujeitos a variações futuras, são
objetos de majoração
para cobrir futuros e prováveis prejuízos.
Como cobrir futuros e prováveis
prejuízos?
Por não se saber o quanto será dragado (avaliado a cada ano), os preços
Por não se saber o quanto será dragado (avaliado a cada ano), os preços
ofertados acabam sendo acrescidos de incertezas futuras tais como; tipos
e
dimensões das dragas; equipes e equipamentos mínimos necessários;
produtividade
e, sobretudo eficiência dos equipamentos empregados. No caso
de assoreamento
atípico num dos anos (dos dois em aberto) o trem de dragagem
será
obrigatoriamente revisto? Haverá ociosidade ou falta de equipamento? Como
remunerar essa variável?
É óbvio que a concepção desse projeto
torna impossível a sua condição de
avaliação em termos de continuidade, o que
fica concretamente demonstrado
pelos insucessos dos Certames propostos pela
SEP.
Como técnica de engenharia, a dragagem
é uma matéria bem resolvida.
Inovar para garantir produtividade, com
movimentação em escala de mercadorias
nos portos brasileiros, significa mudar o
atual paradigma de contrato de dragagem,
integrando a sua função às demais
atividades operacionais do porto.
Porque não privilegiar a infraestrutura
aquaviária em detrimento aos serviços de dragagem?
Continuar como está só vai
aumentar a lama nos portos. Realmente é impossível fazer
omelete sem quebrar os
ovos.
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23/07/2014
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