quarta-feira, 23 de julho de 2014

Os novos critérios para a dragagem dos portos brasileiros

Impossível fazer um omelete sem quebrar os ovos. Na atual conjuntura nacional, 
a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) estabeleceu um 
critério para execução da dragagem em um período longo, mas as condições 
efetivamente conhecidas são as do 1º ano. Por isso, os outros fatores de 
custo não conhecidos e sujeitos a variações futuras, são objetos de majoração 
para cobrir futuros e prováveis prejuízos.


Como cobrir futuros e prováveis prejuízos?
Por não se saber o quanto será dragado (avaliado a cada ano), os preços
ofertados acabam sendo acrescidos de incertezas futuras tais como; tipos
e dimensões das dragas; equipes e equipamentos mínimos necessários; 
produtividade e, sobretudo eficiência dos equipamentos empregados. No caso 
de assoreamento atípico num dos anos (dos dois em aberto) o trem de dragagem
será obrigatoriamente revisto? Haverá ociosidade ou falta de equipamento? Como remunerar essa variável?
É óbvio que a concepção desse projeto torna impossível a sua condição de 
avaliação em termos de continuidade, o que fica concretamente demonstrado 
pelos insucessos dos Certames propostos pela SEP.
Como técnica de engenharia, a dragagem é uma matéria bem resolvida.
Inovar para garantir produtividade, com movimentação em escala de mercadorias 
nos portos brasileiros, significa mudar o atual paradigma de contrato de dragagem,
integrando a sua função às demais atividades operacionais do porto.
Porque não privilegiar a infraestrutura aquaviária em detrimento aos serviços de dragagem?
Continuar como está só vai aumentar a lama nos portos. Realmente é impossível fazer 
omelete sem quebrar os ovos.
23/07/2014


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