segunda-feira, 21 de julho de 2014

REVISÃO PROMOVIDA PELA AEB PARA A BALANÇA COMERCIAL APONTA QUEDA


Em revisão da balança comercial para 2014, divulgada recentemente pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações ficam reduzidas a US$ 228,240 bilhões, queda de 5,8% em relação ao valor de 2013, enquanto a previsão das importações ficou em US$ 227,605 bilhões (- 5%), resultando em superávit comercial de US$ 635 milhões, ou seja, queda de 75,2% em relação aos US$ 2,558 bilhões gerados no ano passado. Com base na projeção, a corrente de comércio prevista para 2014 terá queda de 5,4%, ficando em US$ 455,845 bilhões, indicando perda de atividade econômica.
Segundo nota divulgada pela AEB, os responsáveis pela redução das exportações são os produtos manufaturados, com destaque negativo para plataformas de petróleo e vendas para a Argentina, especialmente no setor automobilístico. Já em relação aos básicos, as perdas com minério de ferro, milho e fumo são compensadas por ganhos com petróleo, café e carne bovina.
No que diz respeito às importações, a queda alcança todas as categorias, devido à redução do consumo interno das famílias, comprometimento da renda, crescimento da inadimplência, menor geração de empregos, elevação dos juros, redução de investimentos, queda da atividade industrial e do PIB, seletividade nos financiamentos, aumento da inflação, mesmo com a atual taxa de câmbio representando fator de estímulo à importação.
Aliás, segundo a AEB, qualquer que seja a taxa cambial vigente no segundo semestre não haverá impacto sobre as exportações ou importações, que estão mais sujeitas a fatores econômicos.
Outro dado negativo apontado pela nota da AEB é que a previsão da Organização Mundial de Comércio (OMC) de crescimento de 4,7% no comércio mundial, em 2014, e a queda prevista nas exportações brasileiras deverão reduzir a participação mundial do Brasil para 1,19% - menor que os 1,32% de 2013 e também inferior aos 1,23% de 2008 - além de possível queda da atual 22ª posição no ranking mundial de exportação.

Fonte: Aduaneiras
21/07/2014

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