O
secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer, participou nesta semana de reuniões com
autoridades venezuelanas para intensificar a cooperação bilateral entre os dois
países. A partir da reativação do grupo de trabalho sobre assuntos econômicos e
comerciais, Schaefer destacou a importância do mercado da Venezuela para as
vendas externas brasileiras e detalhou as formas de cooperação propostas pelo
Brasil.
"O grupo de
trabalho bilateral deve reunir-se este ano para encontrar meios de aumentar e
diversificar nossa pauta de exportações. Entre os assuntos propostos, está o
fortalecimento do comércio transfronteiriço entre o Norte do Brasil e o Sul da
Venezuela, além de cooperação industrial, integração produtiva e intercâmbio de
informações para o desenvolvimento de Zonas Econômicas Especiais a partir da
experiência da Zona Franca de Manaus", explicou Ricardo Schaefer.
O
secretário-executivo também pontuou que o ministro das Indústrias da Venezuela,
José David Cabello, pediu ao Brasil um diagnóstico do estado do programa
venezuelano para a criação de novas indústrias com a participação de diferentes
países. "Podemos dar um impulso gerencial e cooperar na formação de mão de obra,
além de viabilizar formas de transferência de tecnologia", informou.
Na Venezuela, a
delegação brasileira também se reuniu com o ministro da Economia, Finanças e
Bancos Públicos, Rodolfo Marco Torres, com o Ministro das Relações Exteriores,
Elias Jaua e com o ministro do Comércio, Dante Rivas.
Das reuniões
bilaterais também participaram o vice-ministro do Comércio Exterior, Johnny
Saavedra; o vice-ministro para América Latina e Caribe do Ministério das
Relações Exteriores venezuelano, Alexander Yánez; o embaixador do Brasil na
Venezuela, Rui Pereira; o vice-presidente da República para a Área Econômica,
Rafael Ramírez; e o ministro do Planejamento, Ricardo Menéndez.
Mercado
atrativo
O superávit
brasileiro com a Venezuela em 2013 foi de US$ 3,6 bilhões. Saldo positivo
superado apenas pelo dos Países Baixos (+US$ 15 bilhões) e da China (+US$ 8,7
bilhões). As exportações brasileiras para a Venezuela no ano passado somaram US$
4,8 bilhões e as importações US$ 1,1 bilhão.
Os principais itens
exportados pelo Brasil para a Venezuela em 2013 foram carne bovina congelada
(US$ 844 milhões, 17,4% da pauta); bovinos vivos (US$ 546 milhões, 11,3%);
aviões (US$ 376 milhões, 7,8%); carne de frango congelada (342 milhões, 7%); e
açúcar de cana bruto (US$ 242 milhões, 5%).
Já a pauta de
exportações da Venezuela para o Brasil é concentrada em derivados de petróleo,
sendo os principais produtos: nafta (US$ 668 milhões, 56,6% da pauta), coque de
petróleo (US$ 148 milhões, 12,6%), petróleo em bruto (US$ 107 milhões, 9%),
álcoois acíclicos (US$ 65 milhões, 5,6%), e laminados planos de ferro ou aço
(US$ 49 milhões, 4,1%).
No ano passado, os
Estados Unidos foram o principal fornecedor para a Venezuela, com 23% de
participação em 2013, seguidos por China (17%), Brasil (10%), México (5%),
Colômbia (5%) e Argentina (4%). No período, os principais compradores de
produtos venezuelanos foram os EUA (26%), a China (12%), a Colômbia (11%), a
Holanda (9%) e o Brasil (8%).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior27/08/2014
Essas ações mostram a importância de acordos bilaterais, ainda mais se tratando de um país vizinho.
ResponderExcluirA cooperação deve sempre trazer benefícios para os dois lados, além de incentivar a indústria e alavancar a economia.
Fernando Agostinho / 4º Comex - manhã